sexta-feira, julho 27, 2012

Casais desempregados? Divorciem-se!




Em Portugal o  número de casais com ambos os cônjuges desempregados, segundo o IEFP, quase duplicou em Junho face a igual mês de 2011 e já atinge os 8316 casais, o valor mais elevado desde que esta informação é divulgada.

De acordo com os dados recolhidos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), em Junho deste ano, face a Junho do ano passado, há mais 3990 casais (um aumento de 92%) a garantirem a sua sobrevivência com as prestações sociais pagas pelo Estado.

Não é, portanto, fiável extrapolar estes limitadíssimos dados para o todo nacional. O IEFP baseia-se apenas nos seus registos e, por isso, fica aquém da realidade nacional. Tal como fica a nível dos desempregados.

Aliás, o país real passa ao lado do IEFP, tal como passa ainda mais ao lado do Governo. De nada adianta o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, ter descoberto o calhau filosofal ao criar para os desempregados um “gestor de carreira”.

O próprio IEFP diz que o  universo dos casais com ambos os cônjuges desempregados representa 5,5% do total de desempregados casados ou em união de facto inscritos no centro de desemprego (304448 pessoas).

Ainda de acordo com o IEFP, desde Julho de 2011 que se regista um aumento em cadeia do número de desempregados em que ambos os cônjuges estão desempregados, tendo-se registado em Junho de 2012 o número mais elevado desde que esta informação é recolhida (Outubro de 2010).

Não creio, contudo, que a situação seja motivo de preocupação para o Governo. Quase diria, citando o primeiro-ministro, que se lixem os casais desempregados. Até porque estes têm uma alternativa para ajudar a baixar a estatística: divorciem-se.

Como muito bem diz Passos Coelho, Portugal está no bom caminho. E qual é esse caminho? É aquele em coabitam um milhão e duzentos mil desempregados, 120 mil dos quais são jovens, em que caminham 70 mil portugueses na procura da fronteira, em que mais de 3.500 empresas faliram, em que 6.300 famílias estão insolventes e que perto de 2.500 já entregaram – só no primeiro semestre deste ano - a cubata ao banco.

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