segunda-feira, julho 23, 2012

Quando o Povo tem quem lhe dê voz




Das muitas referências feitas aqui no Alto Hama a sacerdotes, permito-me relembrar as que se seguem. Não é por nada em especial, mas se as palavras voam…  os escritos são eternos.

Jorge Ortiga, arcebispo de Braga:

"Para eles os políticos, muitas vezes e quase sempre, vale apenas o bem estar pessoal ou, quanto muito, do seu grupo ou partido. Nós somos pelo bem de todos, sentimo-nos inquietos e incomodados com aquilo que aflige os outros, quando nós verificamos que neste momento de crise os políticos não são capazes de encontrar o mínimo de convergência para trabalhar à procura de uma solução. Nós teremos que nos empenhar de mãos dadas, sede construtores desta única família, apostai em causas, ideias e projectos. Lutai por eles."

Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armada:

"A Igreja tem de respeitar a justiça e lutar pelos direitos humanos. Não pode acatar qualquer acto terrorista, seja ele o intelectual ou o do medo.

É preciso ter muito cuidado. Porque é nestas horas que se fazem grandes fortunas. E, sobretudo, é nestas horas em que os mais pobres ficam mais pobres e alguns ricos ficam muitíssimo mais ricos.

Nós temos de lutar e dizer em voz alta, com respeito, respeitando a liberdade, respeitando as pessoas, mas respeitando antes de mais a verdade.

Seria bom que o Governo de Luanda, que se quer dar ao respeito, que respeite. Porque quem não respeita, já sabe como vai acabar".

António Carrilho, bispo do Funchal:

“É por isso que hoje, mais do que nunca, os meios de comunicação social se têm de colocar ao serviço da pessoa e da sociedade no respeito e promoção dos direitos e valores humanos fundamentais”.

Paulino Madeca, bispo emérito de Cabinda:

“Quando um político entra em conflito com o seu próprio povo, perde a sua credibilidade, torna-se um eterno ditador”.

Manuel Clemente, Bispo do Porto:

"É exactamente porque reconhecemos na família o maior e mais pedagógico sustentáculo da sociedade que todos, por motivos religiosos ou humanitários, devemos dar-lhe o apoio social e a primazia legal que indubitavelmente merece. Mas temos de pensar não apenas em termos imediatos. Portanto, tenhamos cuidado, abramos os olhos e sejamos mais solidários, porque é da nossa própria sobrevivência que se trata”.

Ilídio Leandro, Bispo de Viseu:

"Há muitos jornalistas que estão ao serviço do director e não ao serviço da verdade, da informação, daquilo que é importante. Eu compreendo que os jornalistas precisam de ter caminhos de vida, mas quando isso vem como deformador das notícias é mau".

Frei João Domingos (Angola)

"Não nos podemos calar mesmo que nos custe a vida. Muitos governantes que têm grandes carros, numerosas amantes, muita riqueza roubada ao povo, são aparentemente reluzentes mas estão podres por dentro".

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