Como
especialista em questões lusófonas, o ministro Miguel Relvas voltou a Luanda
para receber instruções do patrão. Ou terá sido para obter mais uma
equivalência?
Na sua
qualidade de ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares Portugal, com equivalência
a primeiro-ministro, Miguel Relvas afirmou que Portugal e Angola mantêm actualmente
uma "parceria intensa" alicerçada em "números expressivos"
que favorecem interesses mútuos face "às incertezas a nível
internacional".
Miguel
Relvas falava num jantar organizado pela Câmara de Comércio e Indústria
Portugal-Angola (CCIPA) e realizado por ocasião da 29ª edição da Feira
Internacional de Luanda (FILDA), onde o pavilhão português, com 87 empresas, é
o que ocupa maior área entre os países estrangeiros presentes no certame.
Segundo Miguel
Relvas, na sua qualidade de protectorado angolano, Portugal pretende reforçar a
sua parceria estratégica com Angola, canalizando investimento, fomentando
emprego qualificado, apoiando as empresas angolanas e fornecendo formação
profissional. Falou, obviamente de cátedra… lusófona.
"A
cooperação entre é hoje mais robusta e mais profunda. Só nos primeiros quatro
meses de 2012 o montante das exportações portuguesas para Angola aumentou 29
por cento, em termos homólogos, enquanto as importações registaram um acréscimo
de 176 por cento", destacou o ministro lusófono.
Nesse
sentido, Portugal tem reforçado a sua posição como principal país fornecedor de
Angola e é o sétimo destino das exportações angolanas. Estando o reino lusófono
do sul da Europa nas mãos do “querido líder” José Eduardo dos Santos, até fica
bem falar de exportações e importações.
"Na
última década, Portugal foi o país que mais projetos desenvolveu em
Angola", frisou o ministro Miguel Relvas, destacando ainda a crescente
importância do investimento nas relações bilaterais. Por outras palavras, a
importância que o regime angolano dá ao seu protectorado.
"Em
2011, Angola ocupou o quarto lugar no investimento português no estrangeiro -
em domínios tão diversos como a construção, o comércio e as atividades
financeiras - e é já o décimo maior investidor externo em Portugal",
elucidou Miguel Relvas com aquele ar angelical de quem sabe que deve
subserviência e bajulação ao dono de Angola.
"Atrair
o investimento estrangeiro é precisamente uma das prioridades portuguesas do
momento. Outros desígnios imediatos são o aumento das exportações, que têm
vindo a registar um acréscimo acentuado e consistente, e a criação de emprego.
A economia, tal como a concebemos, não pode prescindir desse valor
insubstituível que é o trabalho", acrescentou Miguel Relvas num misto de
orgasmo lusófono e conhecimento balofo.
Para
enfrentar a crise e recolocar Portugal "na rota do crescimento
económico", importa, defendeu com aquela originalidade típica dos peritos
formados em coisa alguma, "pôr as contas em ordem e gastar menos do que
gastávamos".
Seja como
for, é bom ver o ar feliz de Miguel Relvas sempre que vai a Luanda. Já nem
precisa de usar vaselina, tal é a prática. Lá vai com uma mão à frente e outra
atrás, de joelhos, de cócoras ou na horizontal, mas feliz.
3 comentários:
Lamento mas ainda bem que Relvas foi a Angola. É que na falta de capim nas chanas e nas savanas sempre haverá uma alternativa para queimar!
Kdd
EA
Basta ler o editorial do jornal O SOL desta semana... Relvas foi procurar apoio! :-)
E andei eu a estudar décadas para concluir os estudos com mestrado a sério (não aquela brincadeira de Bolonha) quando podia ter pago €1000, perdão, dar €200 e ficar a dever o resto, e fazer logo mais de 30 cadeiras de uma assentada....
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