Segundo o chefe dos serviços de emergência de Gaza, Muawiya Hassanein, desde o início da ofensiva israelita, em 27 de Dezembro de 2008, 919 palestinianos já morreram, incluindo 277 crianças, 97 mulheres e 92 idosos.
Como se constata, esse maldito povo nazi conhecido por israelitas está a provocar um verdadeiro genocício dos palestinianos. Como certamente diria João Gomes Cravinho, o primeiro-ministro de Israel, este ou qualquer outro, não passa de um Hitler.
Em Darfur, no Sudão, fontes certamente muito mal informadas apontaram para mais de 300 mil mortos e dois mihões de deslocados. Embora o massacre tenha sido praticado por um regime islâmico, o melhor é não lhe chamar genocídio.
Genocídio é com certeza o que se passa na Faixade Gaza e não, é claro, qualquer outra coisa que se passa em África. Para se falar de genocídio é preciso ver quem são as vítimas e quem são os autores.
Ou seja, se os autores são israelitas e as vítimas palestinianos, então qualquer que seja o número de mortos e feridos é um genocídio. Se os autores são pretos e as vítimas também pretos, então trata-se de um pequeno conflito, mesmo que morram aos milhares.
Entretanto, a cólera já fez 72 mortos em Moçambique nos últimos 10 meses, com 6.301 casos registados em nove das 11 províncias, e no Zimbabué a mesma doença já matou mais de duas mil pessoas.
E o que é que isso importa? O mundo dos bons tem mais com o que se preocupar. A Faixa de Gaza, o cão que Barack Obama vai escolher para as filhas, o prémio que o Cristiano Ronaldo recebeu ou a bitacaia que atacou a Lili Caneças são bem mais importantes do que umas centenas de mortos em África, mesmo considerando que algumas dessas vítimas sentem a dor em português.
Por outro lado, a comunidade portuguesa a residir em Espanha duplicou entre 2005 e 2008, de acordo com dados dos registos municipais do país, segundo os quais mais de 136 mil portugueses estavam no país no início de 2008.
Provavelmente este número vai aumentar. É que os portugueses estão cansados de viver nas ocidentais praias lusitanas a norte, embora cada vez mais a sul, de Marrocos. E Espanha sempre está cada vez mais a norte.
Da mesma forma pensam outros lusófonos. A comunidade brasileira é a maior lusófona a residir em Espanha - com cerca de 142 mil pessoas a 1 de Janeiro de 2008 - estando registados no país 6.550 cidadãos da Guiné-Bissau, 4.246 de Cabo Verde e 4.081 de Angola.
Estamos no bom caminho. Impostura, fingimento, manifestação de virtudes ou sentimentos que realmente se não tem são fáceis, baratas e dão milhões.
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