O segmento de jornais diários em Portugal (em Portugal, saliente-se) deverá gerar receitas de 237 milhões de euros em 2012, crescendo a uma taxa anual acumulada de 0,9 por cento, de acordo com um relatório divulgado no dia 3 de Dezembro do ano passado.
"Esta tendência deve-se sobretudo à subida das receitas provenientes da publicidade, que vão chegar aos 117 milhões de euros em 2012, crescendo a uma taxa anual acumulada de três por cento", refere o relatório extraído do "Global Entertainment and Media Outlook: 2008 - 2012" da consultora PricewaterhouseCoopers.
De acordo com o relatório, a publicidade nas versões online dos jornais irá duplicar entre 2008 e 2012, atingindo os 10 milhões de euros.
A consultora estima ainda que as receitas provenientes da publicidade nas versões impressas deverão subir a uma taxa anual acumulada de 1,9 por cento até 2012, passando dos 99 milhões de euros estimados para 2008 para os 107 milhões em 2012.
As receitas provenientes das vendas em banca e através de assinaturas deverão baixar a uma taxa anual acumulada de 0,9 por cento até 2012, descendo para os 120 milhões de euros face aos 125 milhões previstos para 2008.
Segundo o relatório, esta quebra está associada à descida de 2,4 por cento na circulação até 2012.
O relatório destaca também a importância crescente dos diários gratuitos. No ano passado, os dois principais jornais em Portugal - Metro e Destak - representaram em conjunto mais de 350.000 unidades, excedendo a circulação combinada dos três jornais pagos líderes - Correio da Manhã, Jornal de Notícias e Público.
O estudo refere ainda que a incidência de leitura nos diários pagos é maior entre os leitores a partir dos 45 anos, contrastando com os gratuitos que chegam a leitores mais novos.
(Apesar de tudo isto, no horizonte estão os despedimentos colectivos, como os 122 anunciados pela Controlinveste, dona do Jornal de Notícias, Diário de Notícias, O Jogo e 24Horas).
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