Foram lidos mais jornais diários no último trimestre de 2008, muito graças à subida do "Jornal de Notícias". Quanto ao período estudado anteriormente pela Marktest, o JN foi o que registou um salto maior na audiência.
A liderança nas audiências disputa-se agora entre o "Correio da Manhã" (CM) e o "Jornal de Notícias" (JN), já que apenas duas décimas os separam na média dos últimos meses do ano (de Setembro a Dezembro). O diário do grupo Cofina mantém o primeiro lugar, com 12 % de audiência média, logo seguido do JN, do grupo Controlinveste, com 11.8%.
Na comparação com o período de Abril a Junho, o penúltimo a ser considerado pelo estudo Bareme-Imprensa, da Marktest, que não considera os meses que fazem o pico do Verão, o JN cresceu 1.3% e o CM um ponto percentual.
Apesar de se registar uma subida total de audiência nos jornais diários de informação geral, esta não é propriamente generalizada. Vejamos: a média global passou de 33% para 34.9%, nos meses que fecharam 2008. Mas foram mais os periódicos que não cresceram. O "Público" estagnou a sua audiência em 4.5%. O "Diário de Notícias" e o "24 Horas" desceram. O primeiro de 4.1% para 3.4% e o tablóide de 2.9% para 2.5%.
Também em queda se encontra o "Expresso". O semanário caiu de 8.3% para 7.8%. Bastante aquém, o "Sol" manteve 2.6%.
Os consumidores reagiram melhor às revistas. Todas elas cativaram mais leitores no final do ano. A "Visão", do grupo Impresa, detido por Francisco Pinto Balsemão, aumentou de 6.9% para 7.1%; A "Sábado", da Cofina, seguiu igual tendência: de 3.2% passou para 4.3%.
A "Focus" mostrou igualmente um "performance" positiva: de um ponto ascendeu a 1.4%. Entre os suplementos que se agregam aos jornais de informação geral, a liderança continua a pertencer à revista "Notícias Magazine", distribuída conjuntamente pelo "Diário de Notícias" e JN, publicações do mesmo grupo. Com 10, 6%, distanciou-se da concorrência, a revista "Correio da Manhã Domingo", que pontuou 8.3%. Registou-se uma ligeira descida na audiência da "Notícias Magazine", que perdeu 0.5%.
A tendência decrescente atravessa, salvo raras excepções, estas publicações. O caderno Actual, do "Expresso", é um exemplo disso: de 4.9% desceu para 4.7%. O suplemento Ípsilon, do "Público", perdeu ainda mais: de 3.3%, chegou aos 2.8%, o menor valor registado nos últimos tempos.
Mais animada está a leitura das revistas ditas de sociedade. Se a "Vip" não tivesse descido uma décima, poderia dizer-se que estas não podem queixar-se da falta de leitores. A "Nova Gente" e a "Caras2 subiram o mesmo neste período: 0.7%. A "Caras" mantém~se à frente com 5.8%.
A base de estudo desta análise são indivíduos com 15 e mais anos, residentes em Portugal Continental. Assinale-se ainda que apenas se apresentam resultados das publicações referenciadas por um mínimo de 30 entrevistados no conjunto das 5118 entrevistas realizadas no trimestre.
Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Dina Margato
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1071344
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