A FNLA vai realizar um simpósio sobre "A vida e obra de Álvaro Holden Roberto", nos dias 7 e 8 do corrente mês, no hotel Trópico, em Luanda. Ao menos isso.
Ao menos que Holden Roberto não seja apenas recordado quando alguém vir a lápide em pedra no seu túmulo no cemitério de Mbanza Kongo.
De acordo com uma nota da Frente Nacional de Libertação de Angola, o simpósio tem entre outros objectivos fundamentais fazer conhecer profundamente o inconfundível papel de principal impulsionador da luta pela independência e liberdade dos angolanos.
Consta igualmente dos objectivos divulgar a figura de Álvaro Holden Roberto na história contemporânea de Angola.
O simpósio comporta um ciclo de palestras, sendo duas no primeiro dia e quatro no segundo, a serem apresentadas por prelectores nacionais de diversos organismos.
Parece-me pouco, mas já é alguma coisa.
Neste e em outros espaços de liberdade, ainda Holden Roberto era vivo, defendi, pregando obviamente para e no deserto, que Angola (entenda-se o Governo, o MPLA e Eduardo dos Santos) deve um pedido desculpas, agora e infelizmente póstumo, ao fundador da FNLA. Continua a ser o mínimo se, por acaso, restar alguma vergonha… Mas não resta.
Embora sendo mais, muito mais, as ideias e as práticas que me separavam de Holden Roberto do que as que nos uniam, ele foi uma das três mais relevantes personalidades do nacionalismo angolano, a par de Agostinho Neto e Jonas Savimbi.
Nos últimos anos de vida viu quanto ingrato era o poder na sua terra. Que país é Angola que tem tanta dificuldade em reconhecer a Holden Roberto, como a Agostinho Neto e Jonas Savimbi, o estatuto de Herói Nacional? Porque razão, o Estado teve tanta necessidade de humilhar Holden Roberto? Será assim que se luta pela instituição de um Estado de Direito?
Não me agradou que este velho guerrilheiro, natural de Mbanza-Congo, no Norte do país, tenha enfrentado sérias e mortíferas dificuldades para pagar os tratamentos médicos que não conseguia em Angola.
Não me agradou que este velho guerrilheiro tenha enfrentado dificuldades para pagar os tratamentos médicos, quando Maria Augusta Tomé, ou simplesmente “Magu”, esposa do então Primeiro-Ministro, Fernando Dias dos Santos “Nandó”, alugava um Falcon da SonAir para fazer exames médicos de mera rotina... em Londres.
Veremos se Angola está disposta a, mesmo tarde e a más horas, respeitar a memória do “velho” Holden. É que se o fizer está igualmente a respeitar os angolanos.
Parece-me pouco, mas já é alguma coisa.
Neste e em outros espaços de liberdade, ainda Holden Roberto era vivo, defendi, pregando obviamente para e no deserto, que Angola (entenda-se o Governo, o MPLA e Eduardo dos Santos) deve um pedido desculpas, agora e infelizmente póstumo, ao fundador da FNLA. Continua a ser o mínimo se, por acaso, restar alguma vergonha… Mas não resta.
Embora sendo mais, muito mais, as ideias e as práticas que me separavam de Holden Roberto do que as que nos uniam, ele foi uma das três mais relevantes personalidades do nacionalismo angolano, a par de Agostinho Neto e Jonas Savimbi.
Nos últimos anos de vida viu quanto ingrato era o poder na sua terra. Que país é Angola que tem tanta dificuldade em reconhecer a Holden Roberto, como a Agostinho Neto e Jonas Savimbi, o estatuto de Herói Nacional? Porque razão, o Estado teve tanta necessidade de humilhar Holden Roberto? Será assim que se luta pela instituição de um Estado de Direito?
Não me agradou que este velho guerrilheiro, natural de Mbanza-Congo, no Norte do país, tenha enfrentado sérias e mortíferas dificuldades para pagar os tratamentos médicos que não conseguia em Angola.
Não me agradou que este velho guerrilheiro tenha enfrentado dificuldades para pagar os tratamentos médicos, quando Maria Augusta Tomé, ou simplesmente “Magu”, esposa do então Primeiro-Ministro, Fernando Dias dos Santos “Nandó”, alugava um Falcon da SonAir para fazer exames médicos de mera rotina... em Londres.
Veremos se Angola está disposta a, mesmo tarde e a más horas, respeitar a memória do “velho” Holden. É que se o fizer está igualmente a respeitar os angolanos.
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