A epidemia de cólera no Zimbabué fez mais de 2.500 mortos desde Agosto. Em Angola muita, mesmo muita, gente continua a ser gerada com fome, nasce com fome e morre pouco depois de fome. Mas o que é que isso agora importa? As atenções mundiais estão concentradas noutros palcos.
Sapatos contra Bush, gigantesca missa em Madrid, invasão da Faixa de Gaza, colisão entre o Paquistão e a Índia ou, dentro de dias, a tomada de posse no novo presidente norte-americano, Barack Obama, fazem com que África “desapareça” do mapa.
É claro que os africanos podem desaparecer, mas as riquezas naturais continuam lá à disposição dos donos do mundo. É a civilização ocidental no seu melhor.
É certo que a situação na República Democrática do Congo continua a ferro e fogo, tal como continua perigosamente instável a vida na Guiné-Conacri, na Somália, no Sudão...
Mas o que são 2.500 mortos de cólera no Zimbabué comprados com os 500 palestinianos mortos pelos bombardeamentos israelitas à Faixa de Gaza, ou os três ou quatro israelitas mortos pelos ataques do Hamas?
Mas o que são os eventuais 60.000 potenciais casos de cólera no Zimbabué comparados com os perto de 200 mortos nos ataques a Bombaim?
E o que são os milhões de pessoas que em toda a África morrem de fome, de doença ou pelos efeitos da guerra, comparados com uma missa que concentrou, em Madrid, um milhão de pessoas?
É claro que o importante é mostrar ao mundo que a aviação israelita tornou em escombros grande quantidade de prédios em Gaza. Reconheço que tal não acontece em África. Em zonas onde há milhões de pessoas que vivem em cubatas é difícil, calculo eu, ter imagens de prédios destruídos.
Além disso, o que interessa não são os africanos mas, antes , o petróleo e outros produto vitais para o Ocidente. E se até Sarah Palin não tinha a noção do que era essa coisa chamada África, é bem natural que as ruas das principais cidades mundiais se encham de cidadãos de primeira preocupados com outros cidadãos quase de primeira, os palestinianos, e não com essa espécie menor a que chamam pretos.
E assim se faz a história onde as prioridades, entre outras justificações, são feitas pela cor da pele. Racismo? Não. Nem pensar. Apenas uma realidade indesmentível: uns são pretos, outros não!
Sapatos contra Bush, gigantesca missa em Madrid, invasão da Faixa de Gaza, colisão entre o Paquistão e a Índia ou, dentro de dias, a tomada de posse no novo presidente norte-americano, Barack Obama, fazem com que África “desapareça” do mapa.
É claro que os africanos podem desaparecer, mas as riquezas naturais continuam lá à disposição dos donos do mundo. É a civilização ocidental no seu melhor.
É certo que a situação na República Democrática do Congo continua a ferro e fogo, tal como continua perigosamente instável a vida na Guiné-Conacri, na Somália, no Sudão...
Mas o que são 2.500 mortos de cólera no Zimbabué comprados com os 500 palestinianos mortos pelos bombardeamentos israelitas à Faixa de Gaza, ou os três ou quatro israelitas mortos pelos ataques do Hamas?
Mas o que são os eventuais 60.000 potenciais casos de cólera no Zimbabué comparados com os perto de 200 mortos nos ataques a Bombaim?
E o que são os milhões de pessoas que em toda a África morrem de fome, de doença ou pelos efeitos da guerra, comparados com uma missa que concentrou, em Madrid, um milhão de pessoas?
É claro que o importante é mostrar ao mundo que a aviação israelita tornou em escombros grande quantidade de prédios em Gaza. Reconheço que tal não acontece em África. Em zonas onde há milhões de pessoas que vivem em cubatas é difícil, calculo eu, ter imagens de prédios destruídos.
Além disso, o que interessa não são os africanos mas, antes , o petróleo e outros produto vitais para o Ocidente. E se até Sarah Palin não tinha a noção do que era essa coisa chamada África, é bem natural que as ruas das principais cidades mundiais se encham de cidadãos de primeira preocupados com outros cidadãos quase de primeira, os palestinianos, e não com essa espécie menor a que chamam pretos.
E assim se faz a história onde as prioridades, entre outras justificações, são feitas pela cor da pele. Racismo? Não. Nem pensar. Apenas uma realidade indesmentível: uns são pretos, outros não!
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