domingo, janeiro 11, 2009

Israel e Hamas esclarecem
que a guerra está para ficar

A guerra na Faixa de Gaza entrou na terceira semana. Já morrream 850 pessoas e 3 500 ficaram feridas. Enquanto no Egipto a comunidade internacional tenta um cessar-fogo, no terreno Israel e Hamas só têm uma resposta: a luta continua.

Assumindo que não acata a resolução do Conselho de Segurança da ONU que apela ao cessar-fogo, mesmo que temporário, Israel continua a usar a força, terrestre e aérea, para - segundo o primeiro-ministro Ehud Olmert - "arrasar os terroristas do Hamas".

Procurando diminuir os custos colaterais inerentes a um conflito em centros urbanos densamente povoados, a aviação israelita lançou milhares de panfletos sobre a cidade de Gaza alertando para a "intensificação das operações".

Reagindo às acusações da ONU e da Cruz Vermelha que dizem que "não adianta avisar a população porque ela não tem para onde fugir", Israel esclareceu nesses panfletos escritos em árabe que os seus potenciais alvos são os túneis de contrabando de material bélico, depósitos de armas e locais onde houver "terroristas".

Embora os militares israelitas estejam em todos os cantos e esquinas, o Hamas voltou ontem a disprar pelo menos uma dúzia dos seus mísseis artesanais contra o sul de Israel, ferindo duas pessoas.

E se do ponto de vista militar o Hamas mantém a sua posição, em termos políticos também nada alterou. Nem mesmo o apelo do presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmud Abbas, para que aceite "sem hesitação" o plano de cesar-fogo proposto pelo Egipto merceu resposta favorável dos radicais que governam Gaza.

Telavive deu, entretanto, garantias de segurança à ONU e à Cruz Vermelha, prevendo-se por isso que estas entidades regressem à região em missões de carácter humanitário

Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)/Orlando Castro
http://jn.sapo.pt/Dossies/dossie.aspx?content_id=1070110&dossier=Guerra%20em%20Gaza

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