A "Palestina Vencerá" foi a palavra de ordem que mobilizou ao princípio da noite de hoje três centenas de activistas frente à Embaixada de Israel na capital portuguesa, para condenar a invasão militar da Faixa de Gaza.
Em síntese pode dizer-se que matar israelitas é um acto nobre mas que, pelo contrário, matar palestinianos é um crime. Há gente para tudo, sobretudo quando se está não só longe das coisas mas, sobretudo, longe da racionaliade.
O protesto, dito pacífico apesar de fazer a apologia da violência, foi convocado por um colectivo de partidos políticos, sindicatos, associações e organizações que, curiosamente, dizem defender a paz.
Sob o lema "Fim ao Massacre em Gaza", na concentração participaram sobretudo militantes de meia-idade, homens, que estavam em maioria sobre mulheres e jovens. A questão da idade é relevante. É que a idade não é sinónimo de juízo.
Havia faixas do tipo "Fim do Bloqueio a Gaza" e "Contra a Ocupação", chamando aos israelitas "Nazis Criminosos de Guerra" e defendendo uma "Palestina Pátria Livre e Soberana".
Não está mal. Este pessoal não tem tomado a medicação correcta e teima em confundir Gaza com ganza e, é claro, aproveita as saídas precárias do hospício para vir para as ruas dizer asneiras.
Raquel Varela, directora de uma coisa dita de revista marxista-leninista, a Rubra, declarou à Agência Lusa que "a grande mensagem - do protesto - é a de que num conflito entre desiguais a indiferença cúmplice do mais forte".
"Estamos aqui pela vitória dos palestinianos e pela derrota absoluta do exército israelita", acentuou. Tanto quanto parece, o primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, quando soube da ameaça de Raquel Varela mandou imeditamente retirar as tropas de Gaza.
Para Raquel Varela, "esta guerra só prova que terrorista é o Estado de Israel, com a cumplicidade dos Estados Unidos e da União Europeia, de onde vêm os financiamentos e as armas para permitir a matança indiscriminada de todo um povo aprisionado" na Faixa de Gaza.
Ora aí está. Também Barack Obama mandou um telegrama a Raquel Varela pedindo-lhe que, depois do dia 20, vá à Sala Oval (à Sala Oval?!?) da Casa Branca para o aconselhar (será que a tradução foi bem feita?) nas medidas a tomar contra os demónios dos israelitas.
Tanto quanto parece, Raquel Varela terá de ver na agenda se pode ou não deslocar-se aos EUA porque, ao que consta, tem agendadas para Lisboa mais uma série da manifestações em defesa das vítimas de Darfur, do Zimbabué, da República Democrática do Congo, da Somália e de mais uma dúzia de países africanos onde ela apenas sabe que vivem... pretos.
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