Da teoria à prática, do que se diz ao que se faz, do poder das ideias às ideias de poder, o Governo português teima (e lá $aberá a razão) em valorizar todos aqueles que conseguem pôr os jornalistas a pensar com a barriga. A bem do pluralismo, da liberdade de expressão e – é claro - da Nação.
«Com a massificação dos meios audiovisuais, a multiplicação dos meios de expressão nas novas redes digitais e a convergência de tecnologias, mercados, serviços e equipamentos, a comunicação social constitui hoje um sistema de produção e difusão de informação e de conhecimentos de enorme influência social», afirma o Governo no seu programa ou, pelo menos, num dos seus (muitos) programas.
Será por isso que o Governo valoriza todos aqueles que conseguem pôr os jornalistas a pensar com barriga? Será por isso que valoriza a produção maciça de textos de linha branca?
«Da imprensa à televisão e aos blogues, a comunicação social percorreu um longo percurso - da raridade à abundância, do monopólio à concorrência. Hoje, perante novos desafios, a comunicação social enfrenta no nosso País dificuldades decorrentes, nomeadamente, das limitações do mercado publicitário, da ausência de hábitos de leitura, da insuficiência da indústria audiovisual, da fragilidade da regulação, da governamentalização e da insuficiente afirmação do papel dos serviços públicos de rádio e de televisão», afirma o Governo no seu programa.
Será por isso que o Governo valoriza todos aqueles que conseguem pôr os jornalistas a pensar com barriga? Será por isso que valoriza a produção maciça de textos de linha branca?
«Importa garantir que a comunicação social constitua um efectivo instrumento de informação e de formação livre e plural na sociedade portuguesa. Para isso, é necessário promover uma política para o audiovisual assente num sistema de regulação independente e eficaz dos media, num serviço público de televisão forte e credibilizado no quadro de um sistema dual equilibrado e numa indústria de conteúdos dinâmica, criativa e economicamente sustentável», afirma o Governo no seu programa.
Será por isso que o Governo valoriza todos aqueles que conseguem pôr os jornalistas a pensar com barriga? Será por isso que valoriza a produção maciça de textos de linha branca?
«Em nenhuma circunstância a liberdade de informação pode ficar refém de interesses económicos ou políticos. A concentração da propriedade dos media pode pôr em causa o efectivo pluralismo e a independência do serviço público de informação», afirma o Governo no seu programa.
Será por isso que o Governo valoriza todos aqueles que conseguem pôr os jornalistas a pensar com barriga? Será por isso que valoriza a produção maciça de textos de linha branca?
«Importa, por isso, impedir os excessos de concentração e os abusos de posição dominante, promover a transição para as tecnologias digitais de difusão, estimular a co- e a autoregulação do sector, enquanto instrumento de salvaguarda da dignidade humana, dos direitos da personalidade e da isenção e rigor informativos, assegurar os direitos dos jornalistas e o cumprimento das respectivas regras deontológicas, fortalecer o tecido empresarial da comunicação social, designadamente nos planos local e regional, apoiar a investigação sobre temas do sector e estabelecer formas de cooperação e parceria com os países e comunidades lusófonas», afirma o Governo no seu programa.
Será por isso que o Governo valoriza todos aqueles que conseguem pôr os jornalistas a pensar com barriga? Será por isso que valoriza a produção maciça de textos de linha branca?
Sem comentários:
Enviar um comentário