quarta-feira, janeiro 28, 2009

Fracos, muito fracos, políticos

A comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura decidiu hoje chamar os responsáveis do Sindicato de Jornalistas, Confederação de Meios, Associação dos Anunciantes e Associação das Agências de Publicidade para fazer uma análise geral do sector.

Aprovado por unanimidade, o requerimento foi avançado pelo deputado do PSD Luís Campos Ferreira que explicou o pedido com o facto de «a situação na comunicação social ser grave».

Como aqui previ no passado dia 21 (
PCP e BE pedem audição do presidente da Controlinveste), a iniciativa do PCP e do Bloco de Esquerda (BE) para a audição do presidente da Controlinveste, Joaquim Oliveira, no Parlamento, sobre o despedimento colectivo de 123 trabalhadores anunciado pelo grupo, foi vetada pelo PS e pelo PSD.

«Um despedimento tão vasto é preocupante mas não me parece que isto [a audição de Joaquim Oliveira] caiba nas competências da Assembleia», argumentou Campos Ferreira. Nem mais. O nanismo intelectual é tanto ali para as bandas do PSD que nem vale a pena falar.

Posição secundada por pelo PS já que, segundo o deputado João Serrano, «esta é uma questão laboral que deve ser entendida como tal».

Pois. E que se lixe a democracia, a liberdade (Manuel Pacheco de Miranda dizia que “a liberdade de expressão de pensamento que todos desejam não pode ser a liberdade de só se pensar como nós pensamos”), o direito à diferença e o respeito pelos outros.

O CDS, que às vezes (só às vezes) parece não ser (mas é) farinha do mesmo saco, absteve-se com o deputado Pedro Mota Soares a considerar que o Parlamento «não é o local próprio para discutir questões laborais». Como se a liberdade fosse uma questão laboral...

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