Os países árabes têm cerca de 70 milhões de analfabetos adultos, dos quais dois terços mulheres, para uma população estimada de 320 milhões de habitantes, revela um relatório da UNESCO divulgado hoje.
Segundo o documento da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o analfabetismo atinge perto de 70 milhões de pessoas com mais de 15 anos e cerca de 6 milhões de crianças. Destas, quase 60 por cento são raparigas.
A UNESCO salienta que os países com maior população, como o Egipto, Marrocos e o Sudão, são os mais afectados, apontando como causas as insuficiências de formação, os baixos níveis de remuneração, a pobreza e a falta de infra-estruturas.
O défice de conhecimentos e de recursos humanos, a fraca participação de mulheres e a ausência de liberdade são os principais desafios que se colocam à região árabe, refere o relatório.
Ainda de acordo com o mesmo documento, apresentado na capital tunisina numa conferência regional sobre o ensino dos adultos, apenas cerca de 0,6 por cento da população árabe tem acesso à Internet.
Os representantes dos Estados árabes defenderam na reunião "um plano de acção de urgência" e investimentos para uma aprendizagem adequada, permitindo um recuo do analfabetismo.
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