Fernando Nobre, candidato à Presidência da República de Portugal, em resposta a um comentário meu publicado no seu blogue a propósito de Cabinda, escreveu o que se segue:
«Apesar de reconhecer que todas as críticas e opiniões devem ser feitas, até para estimular o debate construtivo, não posso deixar de lamentar a agressividade da linguagem utilizada.
Para que saiba, nunca ninguém me ouviu defender a independência de Cabinda. Pese embora os meus laços familiares com Cabinda, profundos e antigos, sempre defendi uma autonomia de Cabinda no quadro institucional angolano, como não poderia deixar de ser, tendo em conta a situação vigente.
A instituição “Associação do Tratado de Simulambuco”, de que sou um dos fundadores (tendo sido um trisavô meu que negociou o Tratado de Simulambuco), é uma instituição humanitária. Nesse quadro, tenho prestado toda a ajuda possível, a título pessoal e em nome da Fundação AMI.»
Diz Fernando Nobre que nunca defendeu a independência de Cabinda. Então, o que significa a sua frase que diz: “Que o povo português nunca esqueça, apoiando-os, os povos irmãos angolano e cabinda com o qual partilha tantos laços de sangue e de História. Eles merecem”?
Será que quando fala dos Açores, Fernando Nobre dirá “os povos irmãos português e açoriano”? Ou “os povos irmãos português e madeirense”? Ou, ainda, “os povos irmãos português e alentejano”?
Mas se calhar, ao falar da Guiné-Bissau dirá “os povos irmãos português e guineense”.
Aceito que a Associação do Tratado de Simulambuco – Casa de Cabinda seja uma instituição humanitária. Talvez por isso nos seus estatutos a palavra Cabinda apareça 13 vezes e a palavra Angola nem uma.
Talvez por isso os estatutos falem, quanto aos objectivos, de “reforçar os laços históricos, culturais entre Portugal, Cabinda”, “preservar e desenvolver a Língua Portuguesa em Cabinda”, “promover o desenvolvimento social de Cabinda”, “encorajar o convívio e a troca de experiência dos Cidadãos Cabindeses”, “juntar os amigos, filhos, quadros e todos os interessados no desenvolvimento de Cabinda e de Portugal”, “comemorar datas históricas para o Povo de Cabinda”, “divulgar a realidade sobre Cabinda e sobre Portugal”, “promover o interesse da sociedade Portuguesa e Cabindesa sobre as relações históricas entre os Povos”, “criar condições para promover a alfabetização dos Cidadãos residentes em Cabinda”.
A ser verdade que Fernando Nobre “sempre defendeu uma autonomia de Cabinda no quadro institucional angolano, como não poderia deixar de ser, tendo em conta a situação vigente”, estanha-se – no mínimo – que as autoridades angolanas tenham, em Novembro de 2007, manifestado um vivo e agressivo protesto contra diversas personalidades portuguesas como Maria Antónia Palla, Fernando Nobre, João Soares, Maria Barroso e Maria João Sande Lemos.
Tudo porque, a conferência "Caminhos para a paz" teve o apoio da "Associação Tratado de Simulambuco" e contou também com a presença do então líder parlamentar da UNITA, Alcides Sakala, bem como com os deputados Filomeno Vieira Lopes e Luís Araújo, ambos do partido Frente Para a Democracia, FPD, e do economista Justino Pinto de Andrade.
Diz Fernando Nobre que nunca defendeu a independência de Cabinda. Então, o que significa a sua frase que diz: “Que o povo português nunca esqueça, apoiando-os, os povos irmãos angolano e cabinda com o qual partilha tantos laços de sangue e de História. Eles merecem”?
Será que quando fala dos Açores, Fernando Nobre dirá “os povos irmãos português e açoriano”? Ou “os povos irmãos português e madeirense”? Ou, ainda, “os povos irmãos português e alentejano”?
Mas se calhar, ao falar da Guiné-Bissau dirá “os povos irmãos português e guineense”.
Aceito que a Associação do Tratado de Simulambuco – Casa de Cabinda seja uma instituição humanitária. Talvez por isso nos seus estatutos a palavra Cabinda apareça 13 vezes e a palavra Angola nem uma.
Talvez por isso os estatutos falem, quanto aos objectivos, de “reforçar os laços históricos, culturais entre Portugal, Cabinda”, “preservar e desenvolver a Língua Portuguesa em Cabinda”, “promover o desenvolvimento social de Cabinda”, “encorajar o convívio e a troca de experiência dos Cidadãos Cabindeses”, “juntar os amigos, filhos, quadros e todos os interessados no desenvolvimento de Cabinda e de Portugal”, “comemorar datas históricas para o Povo de Cabinda”, “divulgar a realidade sobre Cabinda e sobre Portugal”, “promover o interesse da sociedade Portuguesa e Cabindesa sobre as relações históricas entre os Povos”, “criar condições para promover a alfabetização dos Cidadãos residentes em Cabinda”.
A ser verdade que Fernando Nobre “sempre defendeu uma autonomia de Cabinda no quadro institucional angolano, como não poderia deixar de ser, tendo em conta a situação vigente”, estanha-se – no mínimo – que as autoridades angolanas tenham, em Novembro de 2007, manifestado um vivo e agressivo protesto contra diversas personalidades portuguesas como Maria Antónia Palla, Fernando Nobre, João Soares, Maria Barroso e Maria João Sande Lemos.
Tudo porque, a conferência "Caminhos para a paz" teve o apoio da "Associação Tratado de Simulambuco" e contou também com a presença do então líder parlamentar da UNITA, Alcides Sakala, bem como com os deputados Filomeno Vieira Lopes e Luís Araújo, ambos do partido Frente Para a Democracia, FPD, e do economista Justino Pinto de Andrade.
A ser verdade que Fernando Nobre “sempre defendeu uma autonomia de Cabinda no quadro institucional angolano, como não poderia deixar de ser, tendo em conta a situação vigente”, estranha-se (estanho eu) que o regime angolano tenha dito que os organizadores "pretenderam apagar ou ignorar muitos factos que demonstram a atitude dialogante e reconciliadora desde há muito assumida pelo Governo angolano, incluindo no tratamento da questão de Cabinda".
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