segunda-feira, junho 07, 2010

O caso de Cabinda na política portuguesa

“Que o povo português nunca esqueça, apoiando-os, os povos irmãos angolano e cabinda com o qual partilha tantos laços de sangue e de História. Eles merecem.”

Quem é que disse isto? Não, não foi Cavaco Silva. O presidente da República de Portugal, embora consciente de que está a aviltar a História e os factos do seu país, nunca faria a distinção entre angolanos e cabindas.

Cavaco Silva continua a passar a mensagem mais conveniente ao regime angolano do MPLA. E essa diz que Angola vai de Cabinda ao Cunene.

Todos devem “pugnar verdadeiramente pela tolerância e concórdia nacional (estou a pensar especificamente em Cabinda, atropelada pela História da descolonização e sempre sofredora)”.

Terá sido Cavaco Silva, ou qualquer outro presidente da República, a fazer tal afirmação?

Não. Não foi nenum deles, embora todos eles soubessem que, no caso de Cabinda, Portugal honrou desde 1885 e até 1974, o compromisso que incluiu constitucionalmente Cabinda na Nação portuguesa de forma autónoma.

Todos eles sabem que, depois disso, rendido à cobardia nacional, Portugal varreu a honra e a dignidade para debaixo do tapete. Ainda hoje lá estão.

Ao contrário do que continuam a dizer os donos da verdade, paridos a partir de 1974 nas latrinas da ignorância e da ignominia, estava bem expresso que Cabinda e Angola eram situações diferentes.

Assim, fazendo fé de que a História de Portugal não começou só a ser escrita a partir de 1974, a situação de Cabinda relativamente a Angola era, em 1974, idêntica à dos protectorados belgas do Ruanda e do Burundi em relação ao Congo Belga.

Isto significa que se tornaram independentes, separados do Congo ex-belga, depois de, em 1960, a grande colónia belga se ter tornado independente.

E então, quem é o autor das citações apresentadas? É alguém que considera que dizer a verdade, sem dela ser dono, é a melhor qualidade dos Homens de bem: Fernando Nobre.

1 comentário:

Anónimo disse...

CABINDA LIVRE

INDEPENDENCIA PARA CABINDA

CARLOS BRANDÃO