O Banco de Portugal seguiu (pelo menos é o que se diz) as exigências de contenção de custos anunciadas para o Estado e para a administração pública, reduzindo em 10% as remunerações dos administradores e em 5,6% as dos funcionários.
"O Conselho de Administração do Banco de Portugal decidiu adoptar medidas com efeito equivalente às actuais exigências de contenção de custos e, naturalmente, de custos salariais, anunciadas para o Estado e para a administração pública", anunciou hoje, em comunicado, a entidade liderada por Carlos Costa.
Deste modo, o Banco de Portugal vai reduzir em 10% as remunerações dos seus administradores e "adoptar medidas que visam a contenção de custos do funcionamento do banco e cujos efeitos se traduzem na redução, em média, de 5,6% das remunerações efectivas dos colaboradores do Banco e na redução de 7% dos custos com pessoal".
Bem fez o mais ilustre dos (im)polutos governadores que até hoje passaram pelo Banco de Portugal. Vítor Constâncio pirou-se a tempo para a vice-presidência do Banco Central Europeu.
A nomeação – importa nunca o esquecer - de Vítor Constâncio baseou-se, segundo as teses oficiais, na sua competência. Na verdade, se fosse por isso, nem no Burkina Faso teria lugar. No entanto, esta escolha política, foi apadrinhada pela Alemanha e isso bastou.
Seja como for, creio que neste caso, como na maioria dos praticados em Portugal, o “crime” compensa. Será difícil fazer pior do que aquilo que Constâncio fez nas ocidentais praias lusitanas. Mas, pelo que se vai vendo, nunca se sabe.
Vítor Constâncio, na altura em que supostamente terá prestado provas, foi confrontado com a pergunta de uma eurodeputada luxemburguesa do Partido Popular Europeu sobre as críticas que alguns sectores em Portugal lhe faziam sobre a forma como exerceu as suas responsabilidades de supervisão financeira nos casos BPP, BCP e BPN.
“Como se pode explicar que um homem que fracassou no seu país pode ser responsável pela supervisão na Europa?”, perguntou Astrid Lulling, acrescentando que seria (será) como “dar barras de dinamite a um pirómano”.
Vítor Constâncio rejeitou as críticas feitas e disse ter “muito orgulho” no seu “desempenho à frente do Banco de Portugal”.
Com a chegada de Constâncio, o Banco Central Europeu entrou numa nova fase, desde logo porque como disse o ex-governador do Banco de Portugal, a supervisão ao sistema financeiro actua com métodos e padrões próprios e usados internacionalmente e não é uma espécie de KGB e FBI juntos.
Esta é, aliás, uma boa teoria bem digna do sumo pontífice do partido de Vítor Cosntâncio, José Sócrates. Quem fizer asneiras (e em Portugal isso é o pão nosso de todos os dias) poderá sempre dizer que errou porque não é uma espécie de KGB e FBI juntos.
De qualquer modo, sendo certo que ninguém sabia o que era o Banco de Portugal sob a batuta de Vítor Constâncio, de uma coisa se pode ter a certeza, não era uma espécie de KGB e FBI juntos. Já não é mau...
Quando no dia 27 de Maio de 2009 acusou um deputado do Bloco de Esquerda de “equívoco ou ignorância fundamental” sobre o que é a supervisão e o que foi a intervenção do Banco de Portugal no Banco Português de Negócios, Vítor Constâncio disse que a natureza de algumas perguntas formuladas são “com presunções de os supervisores serem uma espécie de KGB e FBI juntos”.
“O supervisor não é um super polícia” com acesso a tudo, disse o então governador do Banco de Portugal, mas sim uma entidade que actua segundo métodos e padrões reconhecidos. E, acrescento eu, com a eficácia que se conhece e que é recompensada com a entrada no BCE.
Ok. Então, em vez de supervisor (visão superior à normal), Vítor Constâncio deveria reconhecer que não passa de um simples visor ou, neste caso, um grande retrovisor em que é possível distinguir o que interessa não aos portugueses de segunda mas, apenas, aos de primeira (os do PS quase sempre, os do PSD de vez em quando).
“Não pode ser cometido o erro, para não dizer outra coisa, de se avaliar a actuação por critérios e objectivos que sejam diferentes das práticas internacionais”, indignou-se Vítor Constâncio, recordando que uma análise da altura do Fundo Monetário Internacional mostrava que as práticas do regulador português estavam no grupo das melhores.
O mesmo diria com certeza do governador do Banco do Burkina Faso...
Constâncio deixou na altura ainda uma interrogação sobre o papel dos revisores oficiais de contas e auditores, dizendo que as situações detectadas no BPN, ainda antes da situação que levou à nacionalização, “foram todas identificadas pelo Banco de Portugal e não pelos auditores”.
Ou seja. A culpa é dos outros e não é tão grande porque, embora não sendo uma espécie de KGB e FBI juntos, muito menos PIDE ou DGS, o Banco de Portugal conseguiu fazer o papel dos outros.
Se calhar esqueceu-se do seu, e como não tinha ponto...
Deste modo, o Banco de Portugal vai reduzir em 10% as remunerações dos seus administradores e "adoptar medidas que visam a contenção de custos do funcionamento do banco e cujos efeitos se traduzem na redução, em média, de 5,6% das remunerações efectivas dos colaboradores do Banco e na redução de 7% dos custos com pessoal".
Bem fez o mais ilustre dos (im)polutos governadores que até hoje passaram pelo Banco de Portugal. Vítor Constâncio pirou-se a tempo para a vice-presidência do Banco Central Europeu.
A nomeação – importa nunca o esquecer - de Vítor Constâncio baseou-se, segundo as teses oficiais, na sua competência. Na verdade, se fosse por isso, nem no Burkina Faso teria lugar. No entanto, esta escolha política, foi apadrinhada pela Alemanha e isso bastou.
Seja como for, creio que neste caso, como na maioria dos praticados em Portugal, o “crime” compensa. Será difícil fazer pior do que aquilo que Constâncio fez nas ocidentais praias lusitanas. Mas, pelo que se vai vendo, nunca se sabe.
Vítor Constâncio, na altura em que supostamente terá prestado provas, foi confrontado com a pergunta de uma eurodeputada luxemburguesa do Partido Popular Europeu sobre as críticas que alguns sectores em Portugal lhe faziam sobre a forma como exerceu as suas responsabilidades de supervisão financeira nos casos BPP, BCP e BPN.
“Como se pode explicar que um homem que fracassou no seu país pode ser responsável pela supervisão na Europa?”, perguntou Astrid Lulling, acrescentando que seria (será) como “dar barras de dinamite a um pirómano”.
Vítor Constâncio rejeitou as críticas feitas e disse ter “muito orgulho” no seu “desempenho à frente do Banco de Portugal”.
Com a chegada de Constâncio, o Banco Central Europeu entrou numa nova fase, desde logo porque como disse o ex-governador do Banco de Portugal, a supervisão ao sistema financeiro actua com métodos e padrões próprios e usados internacionalmente e não é uma espécie de KGB e FBI juntos.
Esta é, aliás, uma boa teoria bem digna do sumo pontífice do partido de Vítor Cosntâncio, José Sócrates. Quem fizer asneiras (e em Portugal isso é o pão nosso de todos os dias) poderá sempre dizer que errou porque não é uma espécie de KGB e FBI juntos.
De qualquer modo, sendo certo que ninguém sabia o que era o Banco de Portugal sob a batuta de Vítor Constâncio, de uma coisa se pode ter a certeza, não era uma espécie de KGB e FBI juntos. Já não é mau...
Quando no dia 27 de Maio de 2009 acusou um deputado do Bloco de Esquerda de “equívoco ou ignorância fundamental” sobre o que é a supervisão e o que foi a intervenção do Banco de Portugal no Banco Português de Negócios, Vítor Constâncio disse que a natureza de algumas perguntas formuladas são “com presunções de os supervisores serem uma espécie de KGB e FBI juntos”.
“O supervisor não é um super polícia” com acesso a tudo, disse o então governador do Banco de Portugal, mas sim uma entidade que actua segundo métodos e padrões reconhecidos. E, acrescento eu, com a eficácia que se conhece e que é recompensada com a entrada no BCE.
Ok. Então, em vez de supervisor (visão superior à normal), Vítor Constâncio deveria reconhecer que não passa de um simples visor ou, neste caso, um grande retrovisor em que é possível distinguir o que interessa não aos portugueses de segunda mas, apenas, aos de primeira (os do PS quase sempre, os do PSD de vez em quando).
“Não pode ser cometido o erro, para não dizer outra coisa, de se avaliar a actuação por critérios e objectivos que sejam diferentes das práticas internacionais”, indignou-se Vítor Constâncio, recordando que uma análise da altura do Fundo Monetário Internacional mostrava que as práticas do regulador português estavam no grupo das melhores.
O mesmo diria com certeza do governador do Banco do Burkina Faso...
Constâncio deixou na altura ainda uma interrogação sobre o papel dos revisores oficiais de contas e auditores, dizendo que as situações detectadas no BPN, ainda antes da situação que levou à nacionalização, “foram todas identificadas pelo Banco de Portugal e não pelos auditores”.
Ou seja. A culpa é dos outros e não é tão grande porque, embora não sendo uma espécie de KGB e FBI juntos, muito menos PIDE ou DGS, o Banco de Portugal conseguiu fazer o papel dos outros.
Se calhar esqueceu-se do seu, e como não tinha ponto...
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