segunda-feira, janeiro 24, 2011

Os militares angolanos vencem sempre, seja no Congo, Zimbabué ou... Costa do Marfim!

De acordo com o jornal “The Sunday Times”, um avião de carga Antonov An-22, com matrícula de Angola, transportou toneladas de armas de Harare para Laurent Gbagbo, o presidente derrotado pelo voto popular na Costa do Marfim.

De acordo com o jornal, o transporte do armamento para as forças fiéis ao amigo do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, terá sido feito durante o Natal e a passagem de ano.

Fontes em Harare disseram ao “The Sunday Times” que o presidente do Zimbabué, e também amigo do regime angolano, Robert Mugabe, autorizou a remessa de armas após um apelo de Gbagbo que oferece petróleo em troca de ajuda militar.

As fontes citam como líder da operação um empresário chinês, identificado apenas como Sam Pa, que terá garantido a Mugabe que não deixaria pontas soltas que pudessem implicar o presidente do Zimbabué.

A aeronave descolou da base aérea Manyame fora de Harare, desconhecndo-se a quantidade exacta de armas, apenas se sabendo que o Antonov, de fabrico russo, pode transportar até cerca de 80 toneladas de carga.

Ainda de acordo com o jornal, militares do Zimbabué e oficiais dos serviços secretos acompanharam o transporte até bases na Costa do Marfim e foram entregues aos militares fiéis a Laurent Gbagbo.

A entrega clandestina coloca Mugabe contra as Nações Unidas, e contra os líderes do oeste africano e da União Africana, que pressionam Gbagbo a ceder o poder a Alassane Ouattara, vencedor da segunda volta das eleições de Novembro, segundo os resultados verificados pelas Nações Unidas.

Recorde-se, como muito bem disse o Jornalista Carlos Narciso no seu blogue (
http://www.blogda-se.blogspot.com/), em Março de 2007, “foi Angola quem pôs Joseph e Laurent Kabila no poder, no Congo Democrático (que raio de designação para um país daqueles…) e que sustentou esse regime “dinástico” durante a guerra civil”.

“Angola fez o mesmo no outro Congo plus petite, idem para o Zimbabwe. Angola não se inibe de provocar quedas de regimes que não lhe convenham. Foi o que fez com todos os que apoiavam Savimbi, só falhando o golpe de estado que preparou na Zâmbia”, escreveu Carlos Narciso, acrescentando que “nos países onde a pressão da comunidade internacional consegue a realização de um simulacro de democracia, com eleições gerais mais ou menos livres e justas, os “cavalos” angolanos vencem sempre”.

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