A eleição de Portugal como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) confere-lhe responsabilidade acrescida em questões como a situação no Saara Ocidental. Não, não sou eu que o diz. Quem o afirmou foi o representante da Frente Polisário, Adda Bhraim. E Lisboa não vai, com certeza, deixar os seus créditos por mãos alheias. Em mãos alheias vai, isso sim, continuar a situação de Cabinda. Luanda manda e Lisboa põe-se de cócoras.
Quando se assinalaram os 35 anos sobre a conhecida Marcha Verde, "a situação é cada vez mais complicada, com número crescente de refugiados, e Portugal tem agora, como membro do Conselho de Segurança da ONU, mais responsabilidade", afirmou o representante da Frente Polisário em Portugal.
Tem razão. E, mais uma vez, será mais fácil a Portugal ajudar a resolver a questão do Saara Ocidental do que, como é seu dever histórico, descalçar a bota em relação a Cabinda, seu protectorado, hoje ocupada pela força colonial de Angola.
É a aplicação das resoluções da ONU que pode trazer uma solução para o problema, considera a mesma fonte, lembrando que o Saara Ocidental "está no Magrebe, uma zona cuja estabilidade e segurança é importante para muitos países".
Sim. E como Portugal está cada vez mais perto em termos de evolução dos países do Norte de África, pouco importa os tratados assinados com os povos que ficaram mais a Sul.
A comunidade internacional, sublinhou Adda Bhraim, "deveria dar mais atenção a um problema que se arrasta há 35 anos e que só piora".
O alerta é igualmente válido para Cabinda. Mas como, nesta e em outras matérias, quem manda em Portugal é o petróleo (e não só) que Angola tem nas mãos, Lisboa limita-se a uma posição de subserviência em relação aos donos do poder em Luanda, país governado deste 11 de Novembro de 1975 pelo MPLA e que tem como presidente, há 31 anos, alguém que nunca foi eleito.
Também um representante da Associação Amizade Portugal-Saara, António Baptista da Silva, chamou a atenção para a situação das pessoas que reivindicam a soberania do território.
"Portugal, melhor do que outros países, conhece este tipo de situações, pela semelhança com o que aconteceu com Timor-Leste", que ocorreu sensivelmente na mesma altura e que "conseguiu resolver mesmo no final do processo", sublinhou ainda António Baptista da Silva.
António Baptista da Silva, como é obvio, está mais preocupado com a situação no Saara Ocidental do que com Cabinda. Aliás, nem lhe cabe estar preocupado. Se Portugal se está nas tintas, porque carga de chuva deveria haver cidadãos preocupados?
O rei de Marrocos, Mohammed VI, proferiu um discurso à nação por ocasião do 35º aniversário da "Marcha Verde" de 350 mil cidadãos e 25 mil militares marroquinos em direcção ao Saara ocidental, organizada em 1975 pelo rei Hassan II.
A Marcha Verde visou anexar o Saara Ocidental, então território espanhol, nos últimos momentos do franquismo.
O Saara Ocidental foi antiga colónia espanhola anexada em 1975 após a saída dos espanhóis, como parte integrante do reino de Marrocos. No mesmo ano, Angola anexou Cabinda, até então protectorado de Portugal.
Tem razão. E, mais uma vez, será mais fácil a Portugal ajudar a resolver a questão do Saara Ocidental do que, como é seu dever histórico, descalçar a bota em relação a Cabinda, seu protectorado, hoje ocupada pela força colonial de Angola.
É a aplicação das resoluções da ONU que pode trazer uma solução para o problema, considera a mesma fonte, lembrando que o Saara Ocidental "está no Magrebe, uma zona cuja estabilidade e segurança é importante para muitos países".
Sim. E como Portugal está cada vez mais perto em termos de evolução dos países do Norte de África, pouco importa os tratados assinados com os povos que ficaram mais a Sul.
A comunidade internacional, sublinhou Adda Bhraim, "deveria dar mais atenção a um problema que se arrasta há 35 anos e que só piora".
O alerta é igualmente válido para Cabinda. Mas como, nesta e em outras matérias, quem manda em Portugal é o petróleo (e não só) que Angola tem nas mãos, Lisboa limita-se a uma posição de subserviência em relação aos donos do poder em Luanda, país governado deste 11 de Novembro de 1975 pelo MPLA e que tem como presidente, há 31 anos, alguém que nunca foi eleito.
Também um representante da Associação Amizade Portugal-Saara, António Baptista da Silva, chamou a atenção para a situação das pessoas que reivindicam a soberania do território.
"Portugal, melhor do que outros países, conhece este tipo de situações, pela semelhança com o que aconteceu com Timor-Leste", que ocorreu sensivelmente na mesma altura e que "conseguiu resolver mesmo no final do processo", sublinhou ainda António Baptista da Silva.
António Baptista da Silva, como é obvio, está mais preocupado com a situação no Saara Ocidental do que com Cabinda. Aliás, nem lhe cabe estar preocupado. Se Portugal se está nas tintas, porque carga de chuva deveria haver cidadãos preocupados?
O rei de Marrocos, Mohammed VI, proferiu um discurso à nação por ocasião do 35º aniversário da "Marcha Verde" de 350 mil cidadãos e 25 mil militares marroquinos em direcção ao Saara ocidental, organizada em 1975 pelo rei Hassan II.
A Marcha Verde visou anexar o Saara Ocidental, então território espanhol, nos últimos momentos do franquismo.
O Saara Ocidental foi antiga colónia espanhola anexada em 1975 após a saída dos espanhóis, como parte integrante do reino de Marrocos. No mesmo ano, Angola anexou Cabinda, até então protectorado de Portugal.
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