Os governos de Portugal e Brasil anunciaram a 27 de Julho do ano passado a criação de um canal de televisão em língua portuguesa para difusão internacional que poderá resultar da associação de todos os países da CPLP. Hoje foi a vez da RTP anunciar a criação de um portal de informação para a Lusofonia.
Pelos vistos estão a chegar á mesma conclusão que o Notícias Lusófonas chegou já em 1997. Ou seja, há 13 anos. É obra... portuguesa, com certeza.
"Este pode ser um momento de elevado significado no desenvolvimento da cooperação entre Portugal e Brasil e também no incremento da cooperação mais alargada com o conjunto de países da CPLP", disse na altura o ministro Jorge Lacão durante a assinatura do acordo de cooperação entre Portugal e Brasil na área da comunicação social.
Bem anda o Notícias Lusófonas a dizer, no que é uma das suas máximas: “Há 13 anos a fazer pela Lusofonia o que outros um dia pensarão em fazer”. Parece que alguns lá chegaram agora.
Questionado à margem da cerimónia sobre o financiamento do projecto, decorrida em Lisboa, o ministro que tutela a Comunicação Social em Portugal admitiu que o modelo de negócio não está ainda definido mas sublinhou o "forte impulso político" dos dois executivos e das instituições de serviço público "para levar para a frente este projecto”.
O protocolo então assinado, disse o ministro dos Assuntos Parlamentares, é "completamente aberto e sem qualquer propósito de instrumentalização no sentido político".
Recorde-se (se é que isso tem alguma relevância para a amnésia geral de Portugal e similares) que em 1997 nascia o Notícias Lusófonas. Desde essa data publicou, primeiro mensalmente, depois quinzenalmente e, por fim - sempre respondendo às solicitações dos leitores - semanalmente, uma súmula de notícias acerca do que ia acontecendo um pouco por todas as Comunidades Lusófonas.
Seguiu-se uma nova fase do Notícias Lusófonas, com a posta em algo que não existia em toda a Comunidade Lusófona: um jornal (digno desse nome) online com notícias dos vários países lusófonos e das comunidades lusófonas espalhadas pelo mundo, com actualização dinâmica e diária, contendo ainda entrevistas e artigos de opinião.
Já que os países da CPLP têm dificuldade em reconhecer os que (e não são assim tantos...) levam a carta a Garcia, antes preferindo premiar com extrema facilidade todos aqueles (e são cada vez mais...) que a deitam na primeira valeta que encontram, aqui fica o meu reconhecimento em abono da verdade.
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