O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, perguntou hoje se Cavaco Silva "acordou agora", considerando "uma grande hipocrisia" que o recandidato a Belém tenha defendido que o Governo poderia ter criado um imposto extraordinário em alternativa aos cortes salariais.
Em entrevista à Rádio Renascença, o ainda Presidente da República afirmou hoje que o Executivo poderia ter optado por criar um "imposto extraordinário para todos os portugueses acima de um certo rendimento", considerando que os cortes dos salários da função pública significam "exigir de forma coactiva e unilateral" uma redução de rendimentos.
"Acordou agora?", perguntou hoje Jerónimo de Sousa, instado a comentar estas declarações, durante uma "arruada" do candidato presidencial Francisco Lopes no Porto.
"Quando assinou e promulgou o Orçamento do Estado, Cavaco Silva não verificou que estava lá uma norma que levava ao corte dos salários, particularmente dos trabalhadores da administração pública e no sector público empresarial? Não viu que estavam lá o congelamento das reformas e das pensões?", questionou o secretário-geral do PCP.
O líder comunista perguntou ainda "como é que se pode procurar ter pena daqueles atingidos por estas medidas quando assinou, promulgou e ajudou a nascer este Orçamento", concluindo tratar-se de "uma posição de grande hipocrisia".
O líder do PCP tem razão. Cavaco Silva só acorda quando lhe interessa ou, melhor, quando estar acordado é conveniente para os poucos que têm milhões. Como, neste caso, precisa dos votos dos milhões que têm pouco... ou nada, então lembra-se deles.
Durante a campanha, Cavaco Silva disse também que se sente "provedor dos portugueses". Pelos vistos é preciso haver eleições para o ainda presidente ficar a saber que o seu país tem 700 mil desempregados, 20% de pobres e outros tantos com os pratos vazios.
A memória de Cavaco Silva só existe quando é preciso apanhar os votos. "A verdade é essencial", diz Cavaco. Qual verdade? A verdade de quem esteve a dormir de barriga cheia ou a dos portugueses de segunda, a franca e esmagadora maioria?
O antigo primeiro-ministro durante dez anos diz que é necessário "reduzir a ineficiência e a dependência do exterior em matéria de energia" ou de "rigor e eficiência na utilização dos dinheiros públicos”.
Rigor e eficiência num país que substituiu, com a conivência de Cavaco Silva, o primado da competência pelo da subserviência? Rigor e eficiência num país que, com a conivência de Cavaco Silva, não tem dúvidas em escolher um néscio só porque tem um cartão do partido que está no poder?
Ao contrário que que Cavaco Silva pensa, quando acorda pela necessidade de caçar os votos necessários, a paciência dos portugueses tem limites. E mesmo que, como tudo indica, venha a ser reeleito, não poderá esquecer que há diversas formas de o Povo acordar quem dorme quando deveria estar acordado...
"Acordou agora?", perguntou hoje Jerónimo de Sousa, instado a comentar estas declarações, durante uma "arruada" do candidato presidencial Francisco Lopes no Porto.
"Quando assinou e promulgou o Orçamento do Estado, Cavaco Silva não verificou que estava lá uma norma que levava ao corte dos salários, particularmente dos trabalhadores da administração pública e no sector público empresarial? Não viu que estavam lá o congelamento das reformas e das pensões?", questionou o secretário-geral do PCP.
O líder comunista perguntou ainda "como é que se pode procurar ter pena daqueles atingidos por estas medidas quando assinou, promulgou e ajudou a nascer este Orçamento", concluindo tratar-se de "uma posição de grande hipocrisia".
O líder do PCP tem razão. Cavaco Silva só acorda quando lhe interessa ou, melhor, quando estar acordado é conveniente para os poucos que têm milhões. Como, neste caso, precisa dos votos dos milhões que têm pouco... ou nada, então lembra-se deles.
Durante a campanha, Cavaco Silva disse também que se sente "provedor dos portugueses". Pelos vistos é preciso haver eleições para o ainda presidente ficar a saber que o seu país tem 700 mil desempregados, 20% de pobres e outros tantos com os pratos vazios.
A memória de Cavaco Silva só existe quando é preciso apanhar os votos. "A verdade é essencial", diz Cavaco. Qual verdade? A verdade de quem esteve a dormir de barriga cheia ou a dos portugueses de segunda, a franca e esmagadora maioria?
O antigo primeiro-ministro durante dez anos diz que é necessário "reduzir a ineficiência e a dependência do exterior em matéria de energia" ou de "rigor e eficiência na utilização dos dinheiros públicos”.
Rigor e eficiência num país que substituiu, com a conivência de Cavaco Silva, o primado da competência pelo da subserviência? Rigor e eficiência num país que, com a conivência de Cavaco Silva, não tem dúvidas em escolher um néscio só porque tem um cartão do partido que está no poder?
Ao contrário que que Cavaco Silva pensa, quando acorda pela necessidade de caçar os votos necessários, a paciência dos portugueses tem limites. E mesmo que, como tudo indica, venha a ser reeleito, não poderá esquecer que há diversas formas de o Povo acordar quem dorme quando deveria estar acordado...
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