segunda-feira, junho 28, 2010

Fecham-se jornais e despedem-se jornalistas
- "É assim que eu quero e é assim que vai ser"

O Grupo Controlinveste comunicou hoje o encerramento dos jornais “24 Horas” e “Global Notícias” e o despedimento colectivo dos jornalistas e outros trabalhadores que não forem integrados noutras publicações, encetando assim uma nova operação de redução dos efectivos ao seu serviço.

Em Portugal, ao contrário de outros países, os Jornalistas são assassinados de forma subtil. Uns são comprados (viram assessores, consultores etc.), outros silenciados (prateleiras) e outros vão para o desemprego. Não morrem fisicamente (pelo menos por enquanto) mas vêem a dignidade ir desta para melhor. Mas a sociedade continua a cantar e a rir.

Ou como diz o presidente da Lusa, ex-administrador da Controlinveste, Afonso Camões, “é assim que eu quero e é assim que vai ser”.

O Governo português (do Partido Socialista de José Sócrates) lidera a guerra aos Jornalistas, nem que seja por interpostas pessoas, entidades, empresas. Depois de ter comprado os que achou necessários, de ter dado cobertura aos negócios que entendeu vitais para eliminar qualquer tipo de contestação, entrou agora (nem que seja por interpostas pessoas, entidades, empresas) na fase de arrumar os que (ainda) não se renderam.

Ou como diz o presidente da Lusa, ex-administrador da Controlinveste, Afonso Camões, “é assim que eu quero e é assim que vai ser”.

Assim, pelas bandas do reino das ocidentais praias lusitanas, há meios mais sofisticados para atingir os mesmos fins. Não é preciso dar um, ou quantos forem precisos, tiro no Jornalista. Basta fazer uma reestruturação empresarial (sinónimo óbvio de despedimentos).

Quando o Jornalista descobrir que não tem dinheiro para pagar o empréstimo da casa ou os estudos dos filhos... dá um tiro na cabeça.

Por outras palavras, como diz o presidente da Lusa, ex-administrador da Controlinveste, Afonso Camões, “é assim que eu quero e é assim que vai ser”.

Porquê os Jornalistas? Porque a verdade é incómoda, seja na Rússia, em Angola ou em Portugal. O que varia são os métodos para calar o mensageiro.

Em Portugal, apesar da guerra que o Governo move aos Jornalistas (nem que seja por interpostas pessoas, entidades, empresas), não faltam ministros, deputados e políticos em geral (todos de pistola no bolso) a dizer que a liberdade de Imprensa é um valor sagrado.

Sagrado sim desde que não toque nos interesses instalados, desde que só diga a verdade oficial.

E, enquanto isso, fecham-se jornais, despedem-se jornalistas, contratam-se administradores, nomeiam-se gestores. Tudo isto porque, no reino, como diz o presidente da Lusa, ex-administrador da Controlinveste, Afonso Camões, “é assim que eu quero e é assim que vai ser”.

1 comentário:

Anónimo disse...

Parece-me que o Camões pertence à especialidade dos homens bons de Macau...
Sendo assim apatece-me mandar o Camões pró c*******