Em crónica
publicada no Jornal de Notícias, Manuel António Pina diz, a propósito de Miguel
Portas, que “morreu um homem justo”. Tem toda a razão.
“(…) Num
momento em que o país mais precisa de homens lúcidos e livres, um
desaparecimento que justificaria que se dissesse que ficámos, se possível,
ainda mais pobres, não se tivesse tornado tal expressão um cliché fruste sem
réstia de literalidade”, escreve Manuel António Pina.
Quando fala
de “um homem justo”, estaria Manuel António Pina a pensar no que Miguel Portas
disse ao Correio da Manhã em Fevereiro de 2009? E o que ele disse foi: "Estou
preocupado com este despedimento colectivo (Jornal de Notícias) porque é um dos
principais jornais do País e que dá importância à pequena informação local,
sobretudo a norte"?
Quando fala
de “um homem justo”, estaria Manuel António Pina a pensar que foi Miguel Portas
quem disse que os despedimentos na comunicação social "põem em causa a
pluralidade da informação e fomentam a precariedade"?
Quando fala
de “um homem justo”, estaria Manuel António Pina a pensar que foi Miguel Portas
quem disse que "quando um grande grupo de comunicação social, como é a
Controlinveste, despede centenas de trabalhadores, gera o factor medo nos
outros que ficam condicionados, com receio de serem também despedidos"?
Fica a
dúvida e a certeza de que há dúvidas que não se escrevem, sobretudo quando
envolvem os que põem lagosta em pratos que outrora só tinham sardinhas…
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