O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, manifestou confiança na vitória de Berta Cabral nas eleições regionais de Outubro nos Açores, destacando a importância da escolha dos açorianos para o futuro da região e da autonomia.
E se Passos Coelho está confiante é porque Berta Cabral vai mesmo… perder. Este é um daqueles apoios que os açorianos, sociais-democratas ou não, bem dispensam. Apesar de tudo, mesmo que no meio das agruras insulares, sabem bem o que o líder do PSD está a fazer enquanto primeiro-ministro.
“Estou tranquilo e muito confiante por saber que os sociais-democratas, sob a liderança de Berta Cabral, saberão dar aos açorianos a liberdade de escolha e a autonomia que merecem”, afirmou Pedro Passos Coelho no encerramento do XIX Congresso Regional do PSD/Açores, em Ponta Delgada.
A tranquilidade é algo que já vem do tempo em que se sentiu africanista (embora de Massamá). A confiança, essa surgiu depois de ter enganado os portugueses e chegado a primeiro-ministro. Aliás, Passos Coelho continua tranquilo e confiante que será pela sua mão que Portugal (já sem portugueses) vai ao fundo.
“Berta Cabral bate-se pelos Açores, por todas as ilhas e por todos os açorianos”, afirmou Passos Coelho, acrescentando saber, também como primeiro-ministro, que “do lado dos Açores, está alguém que coloca acima de tudo os interesses dos açorianos”.
Se é verdade o que diz Passos Coelho, então o melhor é colocar Berta Cabral como primeiro-ministro. É que nas ocidentais praias lusitanas não há quem coloque “acima de tudo os interesses dos… portugueses”.
Passos Coelho diz que os “os açorianos sentem que o tempo da mudança lhes bateu à porta”. O aviso está dado. Vejam o que se passa no continente e aprendam. Se quiserem ser, para além de escravos, um povo esquelético, faminto e que procura sobreviver sem comer, então vão na cantiga do líder nacional que dizia “ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam”, acrescentando que “os que têm mais terão que ajudar os que têm menos”.
“Os açorianos podem contar com uma mudança tranquila, mas decisiva, para que se abra um novo ciclo de oportunidades para todas as ilhas”, afirmou Passos Coelho, recordando que o país atravessa uma fase de dificuldades e as pessoas “querem saber como se pode utilizar melhor os recursos existentes”.
O que ele não disse agora, mas disse há uns tempos, foi que “se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas. Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português”.
Neste discurso no encerramento do congresso regional do PSD/Açores, Passos Coelho falou também da situação nacional, defendendo a importância de ter uma “linguagem directa e de verdade com os portugueses” porque a crise pode ser uma “grande oportunidade para construir um futuro diferente”.
Para Passos Coelho, a verdade é aquilo que ele quiser. Este fulano é o mesmo que disse “a ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento. A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos”.
Este é o mesmo fulano que disse: “Já ouvi o primeiro-ministro dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e é um disparate”.
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