Caro presidente da UNITA. Sei que prefere ser salvo pela crítica do que assassinado pelo elogio. À sua volta há muita gente a elogiá-lo. Alguns dos elogios serão certamente merecidos. Creio, contudo, que deve dar alguma importância aos que o criticaram, mesmo aos que, como eu, rasgaram cartões mas que, apesar disso, não passaram nem passarão para o outro lado.
Recordo-lhe, caro presidente Isaías Samakuva, o que aqui escrevi no dia 17 de Junho deste ano. Disse então que não sabia se a actual direcção da UNITA escolheu os seus “generais” para a “guerra” eleitoral baseada, como disse o vice-presidente da sua bancada parlamentar, Domingos Maluka, em “critérios rácicos e de intelectualidade”.
Acrescentei, e pelos vistos com alguma razão, que se Jonas Savimbi fosse vivo, grande parte destes “generais” não passava de “cabos”.
E, para – apesar de tudo - meu penar, não sou o único (longe disso) a pensar assim. Sou, eu sei, dos poucos que publicamente assume esta tese. Tenho, no entanto, recebido testemunhos com chipala e nome, que comprovam que o Estado-Maior da UNITA quis (?) ganhar a “guerra” com “generais” que ao primeiro “tiro” iriam passar para o outro lado da barricada ou, na melhor das hipóteses, levantar os braços e içar um pano branco.
Recordo-lhe, caro presidente Isaías Samakuva, o que aqui escrevi no dia 17 de Junho deste ano. Disse então que não sabia se a actual direcção da UNITA escolheu os seus “generais” para a “guerra” eleitoral baseada, como disse o vice-presidente da sua bancada parlamentar, Domingos Maluka, em “critérios rácicos e de intelectualidade”.
Acrescentei, e pelos vistos com alguma razão, que se Jonas Savimbi fosse vivo, grande parte destes “generais” não passava de “cabos”.
E, para – apesar de tudo - meu penar, não sou o único (longe disso) a pensar assim. Sou, eu sei, dos poucos que publicamente assume esta tese. Tenho, no entanto, recebido testemunhos com chipala e nome, que comprovam que o Estado-Maior da UNITA quis (?) ganhar a “guerra” com “generais” que ao primeiro “tiro” iriam passar para o outro lado da barricada ou, na melhor das hipóteses, levantar os braços e içar um pano branco.
Disse também que (esta) UNITA não estava preparada para ser governo e queria apenas assegurar alguns tachos e continuar a ser o primeiro dos últimos. Pelos vistos mais de 80% dos angolanos que votaram pensaram da mesma forma.
Justifiquei então, caro presidente, dizendo que o sacrificado povo angolano, mesmo sabendo que foi o MPLA que o pôs de barriga vazia, não via na UNITA a alternativa válida que durante décadas lhe foi prometida, entre muitos outros, por Jonas Savimbi, António Dembo, Paulo Lukamba Gato, Alcides Sakala e Samuel Chiwale.
Justifiquei então, caro presidente, dizendo que o sacrificado povo angolano, mesmo sabendo que foi o MPLA que o pôs de barriga vazia, não via na UNITA a alternativa válida que durante décadas lhe foi prometida, entre muitos outros, por Jonas Savimbi, António Dembo, Paulo Lukamba Gato, Alcides Sakala e Samuel Chiwale.
Na altura, certamente pregando isoladamente no deserto, perguntei: Terá sido para isto que Jonas Savimbi lutou e morreu? E tomei a liberdade da acrescentar: Não. Não foi. E é pena que os seus ensinamentos, tal como os seus erros, de nada tenham servido aos que, sem saberem como, herdaram o partido.
Lamentei nesse dia que os que sempre tiveram a barriga cheia nada saibam, nem queiram saber, dos que militaram na fome, mas que se alimentaram com o orgulho de ter ao peito o Galo Negro.
Se calhar também é pena, repito agora, que todos aqueles que viram na mandioca um manjar dos deuses estejam, como parece, rendidos à lagosta dos lugares de elite de Luanda.
Por último, tal como escrevi, se calhar também é de lamentar que figuras sem passado, com discutível presente, queiram ter um futuro à custa da desonra dos seus antepassados que deram tudo o que tinham, incluindo a vida, para dignificar os Angolanos.
1 comentário:
Fui oficial dos Serviços de Informação da UNITA durante 19 anos. Hoje, com direito e autoridade ´so lhe tenho a dizer o seguinte, Sr. Orlando:
- A UNITA sem o DR. Savimbi é uma ilusão e uma aposta perdida;
- 39 dias antes do seu desaparecimento, o Dr. Savimbi profetizou: "Se eu desaparecer sem vos deixar no poder, vocês só irão governar daqui há 100 anos. Porque vocês são desunidos, não se respeitam e por mim, vocês têm apenas medo. Isto mesmo, medo.
- Eramos nós quem, antes de alguém ser indicado para uma função no Partido, faziamos o "Check up". Agora, até os que nunca valeram o ranho que lambiam, são escolhidos para o cargo de direcção;
- Eram eles quem criticavam na Europa o Dr. Savimbi nos convívios de amigos e que nunca aceitaram viver no "maquis" alegando doenças várias que hoje querem falar;
- Tribalistas, Regionalistas, que cometiam atrocidades em nome do Partido (UNITA) e o Dr. Savimbi os assumia como lider (era a cruz que carregava). São os mesmos que só "andavam na boa vida": Samakuvas, Adalbertos, Dachalas e Cia. que hoje abandonaram as esposas com quem sofreram as amarguras causadas pelo MPLA nas matas para se envolverem nas camas de mulatas (oferecidas pelo MPLA), muitas delas brasileiras. São sócios em vários negócios de membros do MPLA (Hotéis, Lojas, Fazendas acrícolas e até de condpmínios habitacionais). E queriam ganhas as eleições? Como especialista em análise digo-lhe o seguinte: O povo castigou-os e bem! Perderam. Não foi a UNITA, porque esta, ainda está em re - formação. Perderam eles. A UNITA nunca perdeu. Nós o sabemos. Se o Velho estivesse vivo, na actual direcção da UNITA ficariam apena 4 (quatro) individuos. Queres saber quais são? Então publique este meu comentário. Mas adianto que um deles não seria o Sr. Samakuva! E, mais. Nós, os remanescentes no activo dos Serviços de Informação (Que não devemops obediencia a actual direcção da UNITA) temos a opção para regatar o Partido da forquilha em que se encontra. Estamos em surgimento. Ainda ouvirão falar de nós nos próximos 120 dias.
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