Que cerca 80% dos angolanos que votaram validamente (sim, que muitos “votaram” na abstenção, em branco ou de forma nula) o fizeram no MPLA, não restam dúvidas. Isso não invalida que, a bem da reconciliação total, se registem (nem que seja para memória futura) alguns dos exemplos de fraude.
Informações do Município do Bailundo, reveladas pela UNITA mas que diversas fontes locais confirmaram, por escrito, ao Alto Hama, dão conta que no dia 5 de Setembro de 2008, a Administradora Municipal, Edith Livila Manuel Lissimu, foi vista a votar em 5 localidades diferentes, sem ter mergulhado o dedo na tinta indelével.
As fontes, uma delas um velho militante do MPLA (já em 1975 o era) revela que a Administradora do Bailundo começou de facto por votar na Assembleia nº 1007019 do Bairro Chingolo, tendo seguido para votar na Assembleia 1007127 do Clube Recreativo do Bailundo. Mais tarde foi vista novamente a votar na Assembleia 1007008 do Bairro Boa Vista, seguindo depois para votar na Assembleia 1007097 na área de Katuta e finalmente na Assembleia de voto nº 1007138 da Aldeia Jamba.
A Administradora Municipal do Bailundo, que usou dos seus poderes para se abster de mergulhar o dedo em tinta indelével, votou quantas vezes quis, mesmo quando avisada pelos próprios militantes do MPLA de que “estaria a esticar demasiado a corda”.
Num outro caso, segundo a UNITA, um jovem que pediu anonimato revelou ter sido levado para uma residência no Bailundo, onde com um outro companheiro, foram forçados a preencher uma quantidade enorme de boletins de voto, marcando o X no MPLA.
Para bem da embrionária democracia angolana, para bem da credibilidade do próprio MPLA, seria bom que as autoridades esclarecessem este e os muitos outros casos surgidos um pouco por todo o país.
Num outro caso, segundo a UNITA, um jovem que pediu anonimato revelou ter sido levado para uma residência no Bailundo, onde com um outro companheiro, foram forçados a preencher uma quantidade enorme de boletins de voto, marcando o X no MPLA.
Para bem da embrionária democracia angolana, para bem da credibilidade do próprio MPLA, seria bom que as autoridades esclarecessem este e os muitos outros casos surgidos um pouco por todo o país.
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