O número de mortos provocados pela cólera na Guiné-Bissau continua a aumentar e desde sexta-feira morreram mais 16 pessoas, elevando o total para 157, segundo dados divulgados hoje pela Direcção de Higiene e Epidemiologia do país.
Como nem estas mortes são notícia, bem pode a comunidade internacional, sobretudo a CPLP – com Portugal à cabeça – continuar a dormir descansada. Aliás, ainda podem morrer muitos mais porque há guineenses que cheguem.
O número de pessoas que foram contagiadas com a doença também continua a aumentar, sendo actualmente de 8.645 pessoas, contra as 7.823 registadas na última sexta-feira.
Na tabela de dados sobre as regiões do país, a capital guineense mantém a liderança das mais afectadas, com 45 mortos e 5.895 casos de contaminação.
A região de Biombo (litoral centro) ocupa o segundo lugar em contaminações, com 1.060 casos registados, mas a seguir a Bissau é na região de Quinara (sul), onde se regista maior número de mortos, com 26 óbitos.
Considerada fora de controlo por vários especialistas, a epidemia de cólera que atinge a Guiné-Bissau desde Maio passado, com o início da época das chuvas no sul do país, começou após alguns guineenses terem participado num funeral na Guiné-Conacri, onde aquela doença é endémica.
As autoridades guineenses têm afirmado que a epidemia só vai atenuar com o fim da época das chuvas, em Outubro. Se calhar, pensarão os iluninados da lusofonia, o melhor era esperar pelo fim dos guineenses para acabar com a epidemia.
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