quarta-feira, setembro 24, 2008

E no reino de São Tomé é
a Sonangol quem manda

Como quem não quer a coisa… a petrolífera angolana Sonangol aumentou para 78% as suas acções na Empresa Nacional de Combustíveis e Óleo de Combustíveis e Óleo (ENCO) de São Tomé e Príncipe. Eles, a Sonangol. Eles, Eduardo dos Santos & Cª estão por todo o lado.

Uma parte dos pequenos accionistas que detinham os nove por cento de acções na empresa vendeu três por cento delas à Sonangol.

"A venda desses três por cento aconteceu poucos dias antes de o Governo vender as suas acções", disse fonte da empresa de combustíveis, acrescentando que "a Sonangol tem agora quase o monopólio total das acções da empresa".

Entre os pequenos accionistas está a Sociedade de Hidrocarbonetos, que detém cinco por cento das acções e é o terceiro maior accionista, depois do estado são-tomense, que continua com 16 por cento.

A Hidrocarbonetos é presidida pelo actual ministro dos recursos naturais e energia, Agostinho Rita, antigo presidente do conselho de administração do Banco do Equador.

Na passada segunda-feira, o governo de São Tomé e Príncipe vendeu 35 por cento das acções que tinha na ENCO à angolana Sonangol, que se tornou assim accionista maioritário da empresa são-tomense.

A ministra do Plano e Finanças, Ângela Viegas, justificou a venda com a necessidade de "rentabilizar as acções" do Estado na ENCO e também com o cumprimento do "programa que visa o afastamento do Estado das empresas públicas".

No contrato de venda, adiantou a ministra, ficou "salvaguardado que o Estado são-tomense continuará a ter a última palavra antes de se efectuar qualquer aumento de preço dos combustíveis".

A ENCO tem actualmente uma avultada dívida com a Sonangol, devido à falta de actualização dos preços de venda dos combustíveis, que têm vindo a subir nos mercados internacionais.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não dizem que Zédu é ou tem ascendência santomense. fica tudo no mesmo país...
Abraços
ELAN