quinta-feira, setembro 11, 2008

Mais um, entre tantos, para memória futura

(...) Quanto ao acesso aos meios de Comunicação Social, os partidos políticos da oposição apenas tiveram direito aos tempos de antena na Rádio (10 minutos) e na TPA (5 minutos), direito mitigado pela concorrência de outros programas, designadamente do Canal 2 da TPA.

Os meios de comunicação social do sector público foram de resto iguais a si próprios: serviços de publicidade oficial, estruturas de relações públicas do Partido da situação, pautando a sua orientação para um sentido exagerado e ostensivo de preferência para com a propaganda governamental.

Relativamente aos Recursos financeiros, importa salientar que apenas no dia 15 de Agosto, dez dias depois do início da campanha eleitoral, a FpD teve acesso ao financiamento do Estado.

Não escapou também a ninguém, porque por demais ostensiva, a sedução que foi feito pelo poder a algumas Igrejas. Ninguém duvida que os cheques de centenas de milhares de dólares, viaturas e motorizadas "doadas", bem como o uso abusivo de locais de culto interditos ao exercício da propaganda política (art. 83.º) tiveram como objectivo essencial obter o voto dos crentes das Igrejas.

E as "doações" às autoridades tradicionais de residências, viaturas, motorizadas e géneros diversos, as ofertas e promessas de casas sociais no intuito de fazer dessas autoridades verdadeiros cabos eleitorais do Partido do Governo?

Nessas circunstâncias como podemos falar de liberdade de voto e não da utilização indevida dos meios e bens públicos na campanha eleitoral do Partido da situação?

Filomeno Vieira Lopes (Presidente da FpD)

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