O governo português, aliado explícito do MPLA (basta ver as declarações bajulatórias de José Sócrates no dia 17 de Julho), reconheceu hoje que as eleições legislativas de sexta-feira e sábado em Angola contaram com "dificuldades de natureza logística", mas considerou que a votação permitiu "a livre expressão das preferências" dos eleitores.
Considerando que o governo de José Sócrates tem a mesma ideia que o MPLA sobre os jornalistas (compra os que pode e hostiliza os que não alinham), falar de livre expressão até tem piada. De mau gosto, é claro.
Por outro lado, as autoridades de Lisboa afirmam "regozijar-se" pelo facto de as eleições constituírem "uma aposta firme e decidida na consolidação da democracia" em Angola.
É isso aí. Em Angola o MPLA goza com a chipala dos angolanos e, em Portugal, o seu congénere (PS de Sócrates/governo) goza com a dos portugueses.
A diferença, substancial – reconheço, está no facto de o MPLA caminhar para 37 anos seguidos de poder, recorde que o PS nunca atingirá, embora seja uma clara vontade do actual primeiro-ministro.
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