segunda-feira, setembro 15, 2008

Cidadãos do Burkina Faso gritem:
- Alto! Voltem para as bananeiras

O importante num país como o Burkina Faso, onde tudo é de faz de conta, é ser filho (mesmo que bastardo) do que enteado (mesmo que legítimo). É ser incompetente e servil, acéfalo e capacho, invertebrado e solícito. Ou seja, curvar-se servilmente perante aqueles de quem depende.

Não sei que objectivos movem um país, para além de uma dramática aproximação a Portugal, que institui o primado da incompetência e do servilismo como condição sine qua non para alguém ascender na hierarquia seja do que for.

Não sei. Mas, reconheço, o problema não reside no facto de eu não saber. Reside, isso sim, no facto de quem tem por função saber, ser mais ignaro que um calhau, tenha ou não cunha, tenha ou não cartão do partido no poder, seja ou não amestrado.

Quando vejo o que resta deste país (o Burkina Faso, é óbvio) entregue a um bando de vampiros que, para sobreviverem, sugam até o sangue dos filhos. Quando vejo o que resta deste país entregue a uns fluorescentes e florescentes hermafroditas, fico consciente de que o Burkina Faso está condenado a ser uma colónia de qualquer coisa.

Não sei que futuro terá o que resta deste país. Um dia destes, meia dúzia de ilustres iluminados com dinheiro gerado não sei onde nem como, vão conseguir que coloquem uns chips nos cidadãos para, à distância, programarem o que devemos ou não fazer.

Aliás, mesmo sem chips (julgo eu) já estão rodeados por uma série de seres semelhantes que se sentam, levantam, põem a língua de fora, dão cambalhotas, lambem o dono e são donos... das bananas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sou brasileiro. Descobri o seu blog, muito bom.

Enviei pro seu email um texto meu sobre a farsa que é denominar o Brasil como "América Latina".

Abração!

Eduardo Silva