sexta-feira, setembro 19, 2008

Estão fora querem entrar,
estão dentro querem sair

Luís Filipe Menezes disse hoje que "a actual direcção do PSD não tem dimensão cultural e política para levar o PSD à vitória nas próximas eleições legislativas, em 2009”. Nada de novo, portanto, na frente ribeirinha social-democrata.

Num dos mais violentos ataques à actual liderança social-democrata, encabeçada por Manuel Ferreira Leite, o anterior presidente do partido afirmou que "o país não está a ir bem com a governação socialista, porque nada mudou para melhor, mas não aparece uma alternativa credível". Aqui, também nada de novo quanto às socialistas praias lusitanas a norte de Marrocos.

A intervenção de Menezes ocorreu durante um encontro de núcleos do PSD de Vila Nova de Gaia, no qual garantiu que se mantém disponível para o combate político local e a nível nacional. O partido, reforçou, está hoje entregue a "um conjunto de pessoas com pouca experiência e sem capacidade intelectual, política e experiência" para o liderar.

A coisa está a ficar brava. É como um gaiola. Os que estão dentro querem sair, os que estão fora querem entrar para logo a seguir quererem sair...

"Companheiros, eu não estou reformado da política. Tirem o cavalinho da chuva aqueles que pensam que o antigo líder do PSD está num asilo político em Gaia", insistiu, sem porém dar mais pormenores sobre o que tenciona fazer, ele que há pouco tempo deixou aberta a porta a uma eventual recandidatura à presidência do PSD.

Seja como for e como pelos vistos gostam os 37,6% de militantes que votaram na nova líder, o PSD vai continuar a ser segundo ou, como certamente diria o filosófico Pacheco Pereira, o primeiro dos últimos.

Manuela Ferreira Leite (tal como Santana Lopes) é mais do mesmo. Mais daquilo que ajuda a afastar os portugueses da política, que contribui para a manutenção do poder nas mãos de José Sócrates.

Mas se o PSD quer ser uma espécie de Sport Lisboa e Benfica (viver dos louros do passado e aceitar passivamente ser segundo, terceiro ou quarto), não há nada a fazer.

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