O Sindicato dos Jornalistas (SJ) de Portugal manifestou ao Governo angolano “preocupação” pelas “dificuldades na obtenção de visto” que impediram que jornalistas de cinco órgãos de informação portugueses se deslocassem a Angola para cobrir as eleições legislativas no país.
Que mais poderia fazer o SJ? Nada. Aliás, deveria saber que manifestações de preocupação dirigidas a uma ditadura é a mesma coisa do que endereçar um cartão da parabéns a uma hiena.
Dizer numa mensagem ao MPLA (ou ao governo, ou a Eduardo dos Santos – é tudo a mesma coisa) que “tal preocupação relaciona-se com a defesa do papel fundamental dos jornalistas e dos meios de informação na construção, consolidação e manutenção dos sistemas democráticos”, só revela que o Sindicato, apesar de ser dos Jornalistas, anda muito mal informado.
É que para o MPLA (governo, ou Eduardo dos Santos – é tudo a mesma coisa) o único papel fundamental dos jornalistas é dizerem a verdade oficial, é terem a total liberdade para estarem de acordo com o soba.
O mesmo se aplica à peregina tese da “construção, consolidação e manutenção dos sistemas democráticos”. É que para o MPLA (ou para o governo, ou para Eduardo dos Santos – é tudo a mesma coisa) democracia existe só uma, a dele e mais nenhuma.
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