O director para África da petrolífera francesa Total, Jaques des Grottes, disse, em Luanda, que Angola é um país cada vez mais importante na produção mundial de petróleo e da empresa francesa em particular.
E, como é óbvio, pouco importa se o petróleo vem de uma região ocupada pela força ou se o povo continua na miséria. Todas as “Total” do mundo não são instituições filantrópicas.
Jacques Marraud des Grottes sublinhou que “o continente africano é cada vez mais importante em termos de reservas e produção. África representa mais de 10 por cento das reservas mundiais e Angola é cada vez mais importante neste contexto”.
Quanto ao resto, direitos humanos – sim, desde que não colidam com os interesses macro-económicos das grandes potências.
Segundo Jaques des Grottes, para o grupo Total, África representa 34 por cento da sua produção, dos quais oito por cento são provenientes de Angola país que, aliás, preside à Prganização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Angola é actualmente o maior produtor de petróleo na África subsaariana, depois de ter ultrapassado a Nigéria, com um aumento de 18 por cento da sua produção em 2007, em média, estando actualmente a produção angolana próximo dos dois milhões de barris por dia... e com 68% da população na miséria.
A Total em Angola está representada nos Blocos 17 com 40 por cento, 32 com 32 por cento e tem participações em vários blocos com quotas menores. No Bloco 17, o mais importante para a petrolífera, tem uma produção diária de 500 mil barris dia, estando previsto um aumento para 700 a 800 mil barris diários, com a entrada em produção do projecto Pazflor, em 2011.
Nos restantes “blocos” continua a exploração da corrupção, cuja quota atribui a Angola a posição 158, só ultrapassada pela Gâmbia, Uzbequistão, Turcomenistão, Zimbábue, Camboja, Quirguistão, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial, Guiné, Chade, Sudão, Afeganistão, Haiti, Iraque, Mianmar e Somália.
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