A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) afirmou em Luanda que não há razões para que as eleições sejam repetidas em Luanda como a UNITA e outros partidos da oposição pediram. E a explicação é, no mínimo, curiosa.
O presidente da CNE justificou a ausência de razões com números. Segundo Caetano de Sousa, "menos de 10 por cento" das mesas de voto registaram problemas. Além disso, note-se, disse que afinal a CNE “não tem condições materiais e humanas" para repetir o escrutínio.
Em que é que ficamos? Não interessa. Fica tudo como até aqui, ou seja com o MPLA a somar mais quatro anos aos 33 que já leva de poder.
Caetano de Sousa bem lembrou que a Lei Eleitoral prevê que o escrutínio seja repetido oito dias depois onde tenham ocorrido problemas. Mas, é claro, salientou a falta de condições materiais e humanas para o fazer.
Enquanto isso, os observadores internacionais regressam aos seus hotéis, dormem bem e ficam à espera da condecoração do governo pelos altos serviços prestado à democracia.
Também enquanto isso, os 68% de angolanos que estavam ontem na miséria, vão continuar hoje e amanhã (e durante mais uma série de anos) na mesma situação.
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