sexta-feira, setembro 12, 2008

Outro exemplo do mau jornalismo português
Correio da Manhã mente com falso exclusivo

Hoje, às 0,30 horas, o jornal português “Correio da Manhã” escreve no seu site: “Menino abusado em Gondomar - 2 menores violam criança -Uma criança, de seis anos, foi vítima de abusos sexuais ontem à tarde na rua do Seixo, em Fânzeres, Gondomar. O menino terá sido violado num barraco e foi encontrado pela mãe. Os suspeitos são dois menores, de 13 e 16 anos, que já estão identificados pelas autoridades. Conheça todos os pormenores em exclusivo, na edição do ‘Correio da Manhã’ desta sexta-feira.»

Mais uma vez, este jornal presta um mau (no mínimo) serviço ao Jornalismo, aos seus leitores e a todos aqueles que conseguem contar até 12 sem terem de se descalçar.

A notícia em questão foi um exclusivo do “Jornal de Notícias”. Exclusivo, corrobora-se. O “Correio da Manhã”, depois de ter visto a revista de imprensa da RTPN, e porque tinha falhado esta notícia (falhou esta como tem falhado outras), pegou no JN e escreveu, no site, o que acima transcrevi na íntegra.

Como se isso não bastasse, bem ao estilo dos vendedores de banha da cobra, anunciam para a edição em papel um exclusivo que, para além de o não ser, nem sequer aparece na referida edição.

Dir-me-ão, com toda a razão, que grande parte do que o “Correio da Manhã” faz não é jornalismo. Será, admito com alguma benevolência, uma rudimentar espécie de comércio jornalístico, ao estilo de uma feira onde vale tudo.

Mesmo assim, embora não conheça o código deontológico do comércio jornalístico, creio que nessa actividade haverá algumas regras. Creio mal? É possível. Aliás, bem me parece que o terreno onde o “Correio da Manhã” se dá melhor é todo aquele onde não há regras.

2 comentários:

Anónimo disse...

Para alguma coisa é o jornal que perto da praia algarvia onde estive estes dias - e também durante o verão se vereificava o mesmo - continua a haver para além das 11/12 horas - e muitos - enquantos os outros desaparecem antes das 9,30/10 horas.
Mas como sempre foi um jornal para se ver e não ler...
Cumprimentos
ELAN

Anónimo disse...

um, dois ee alguns pensam que fazem jornalismo. Quem me dera ser onda....

MVIEIRA
LUANDA, ANGOLA