A UNITA vai impugnar as eleições angolanas, segundo confirmou hoje o dirigente e presidente do grupo parlamentar do partido, Alcides Sakala. Não adianta.
O MPLA, que fez as regras do jogo, que é árbitro e jogador, que é dono do campo, não o permite. Por muito que as irregularidades o justifiquem (e justificam), não adianta julgar-se que se está num Estado de Direito quando, de facto, (ainda) se está num reino onde o soba põe e dispõe.
A decisão de impugnar o escrutínio foi hoje confirmada por Alcides Sakala depois de na noite de ontem já o presidente do partido do Galo Negro, Isaías Samakuva, ter exigido a anulação e a repetição das eleições em Luanda devido ao seu "colapso" nesta província.
Até mesmo os observadores internacionais, também eles iludidos quanto a Angola ser um Estado de Direito, foram aconselhados a moderarem as críticas.
Até mesmo os observadores internacionais, também eles iludidos quanto a Angola ser um Estado de Direito, foram aconselhados a moderarem as críticas.
Alcides Sakala adiantou ainda que a UNITA está a recolher em todas as 18 províncias de Angola os "inúmeros casos" de irregularidades, incluindo "falhas organizativas, impedimento de eleitores votarem, violência e intolerância políticas" para completar o processo de impugnação das eleições que vai ser enviado ao Tribunal Constitucional.
Como sempre, os órgãos oficiais do MPLA (Jornal de Angola, TPA, RNA) ajudaram à festa no sentido de corroborar as teses do soba Eduardo dos Santos. Ou seja, garantem que tudo correu às mil maravilhas.
Entretanto, também já hoje, o presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Ngola Kabango, considerou que o processo eleitoral das legislativas de ontem "não tem credibilidade" e que os resultados "serão sempre duvidosos".
Kabango tem razão mas comete o mesmo erro da UNITA. A força da razão só é válida quando aplicada a um país que não usa a razão da força. Não é o caso de Angola.
Como sempre, os órgãos oficiais do MPLA (Jornal de Angola, TPA, RNA) ajudaram à festa no sentido de corroborar as teses do soba Eduardo dos Santos. Ou seja, garantem que tudo correu às mil maravilhas.
Entretanto, também já hoje, o presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Ngola Kabango, considerou que o processo eleitoral das legislativas de ontem "não tem credibilidade" e que os resultados "serão sempre duvidosos".
Kabango tem razão mas comete o mesmo erro da UNITA. A força da razão só é válida quando aplicada a um país que não usa a razão da força. Não é o caso de Angola.
Ngola Kabango considerou que as segundas eleições angolanas resultaram de "um trabalho torto" mas, escusando-se a pedir a anulação, disse que a CNE "vai ter que aceitar e decidir com os partidos uma solução para salvar o processo eleitoral".
O MPLA mostra-se, contudo, receptivo a adoptar a regra de Robert Mugabe: “Aceitamos rever tudo desde que continuemos nós a ser donos do país”.
1 comentário:
uou frustamos sim a pretensao dos inimigos da nossa paz...
falem la que quiserem estamos sempre a subir.
que viva angola abaixo os invejos.
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