segunda-feira, novembro 17, 2008

Branco por fora e negro por dentro,
negro por fora e branco por dentro!

As festas oficiais, em Portugal, que comemoraram o 33º aniversário da independência de Angola parecem ter sido destinadas à barracada, no caso de Lisboa, e à segregação, no caso do Porto. A minha terra merecia melhor, mas foi o que se arranjou.

No caso do Porto, e creio que os festejos terão ocorrido no passado dia 7, era condição quase sine qua non ser angolano para estar presente. Sendo que, neste caso e exceptuando todos aqueles que têm direito a estar onde querem, angolano foi sinónimo de negro.

No caso de Lisboa, tanto quanto parece, a barraca(da) só tinha lotação para angolanos de primeira pelo que os de segunda (ou terá sido ao contrário?) tiveram de ficar no terreiro.

Se calhar eu, negro por dentro e branco por fora, deveria agora citar Martin Luther King ou Barack Obama. Mas não. Vou citar Carlos Gomes Júnior, líder do PAIGC, que disse: “Quando elegermos um branco guineense para governar a Guiné-Bissau também temos de aceitar, porque isso é que é democracia”.

E, já agora, uma outra citação tantas vezes aqui repetida: Angola não se define, sente-se. E sentir não é exclusivo de negros, brancos ou de qualquer outra cor. Pode custar muitos aos donos do poder (sejam eles brancos, negros ou qualquer outra coisa), mas é verdade.

Para mais informações ver, entre outros:
http://pululu.blogspot.com/2008/11/quem-deseja-denegrir-imagem-de-angola.html
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/dea9db955ee661041e1868.html

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