A União Europeia (UE) pode transmitir a Angola um conjunto de "experiências válidas", no quadro da atribuição por Bruxelas de um pacote financeiro de 214 milhões de euros, disse à Lusa o delegado da Comissão Europeia em Luanda.
Lá vão os ricos de um país rico receber uns milhões para engordar ainda mais. Quanto ao povo... que continue como até aqui, a morrer à fome.
Segundo o embaixador João Gabriel Ferreira, a verba, não reembolsável, servirá para apoiar o programa do Governo angolano de construção, reconstrução e de desenvolvimento, e resulta de análises feitas sobre "os erros cometidos e os sucessos obtidos".
Construção? Reconstrução? Desenvolvimento? Estão a gozar com a nossa chipala. Mas não é isso que a comunidade internacional tem feito sempre?
O embaixador João Gabriel Ferreira foi o signatário do documento de Estratégia para o País e o Programa Indicativo Nacional do 10º Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), que regulará a cooperação da União Europeia com Angola no período 2008-2013. Este documento, assinado no passado dia 20, foi elaborado conjuntamente pelas autoridades angolanas e pela Comissão Europeia.
O signatário pelo governo angolano foi o vice-ministro do Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, que realçou que o acordo vai contribuir para acelerar o ritmo de desenvolvimento e o aperfeiçoamento do funcionamento das áreas ligadas à reforma institucional, tendo em vista a melhoria dos serviços e o pagamento dos salários dos trabalhadores.
Ora bem. Afinal, são precisos os milhões da Europa para ajudar, segundo Pedro Luís da Fonseca, a pagar os salários dos trabalhadores. Quem diria que Angola não tinha, só por si, capacidade para tal. Quem diria?
Ora bem. Afinal, são precisos os milhões da Europa para ajudar, segundo Pedro Luís da Fonseca, a pagar os salários dos trabalhadores. Quem diria que Angola não tinha, só por si, capacidade para tal. Quem diria?
Para o representante da Comissão Europeia em Luanda, mais importante do que os 214 milhões de euros são o conjunto de "experiências válidas" que podem ser transmitidos.
João Gabriel Ferreira está errado. O que Luanda quer são os milhões e não a experiência. Ou por outra, Angola entra no processo para ficar com os euros mas, por outro lado, permite que Bruxelas fique com a experiência. Se calhar é uma troca justa.
João Gabriel Ferreira está errado. O que Luanda quer são os milhões e não a experiência. Ou por outra, Angola entra no processo para ficar com os euros mas, por outro lado, permite que Bruxelas fique com a experiência. Se calhar é uma troca justa.
Os 214 milhões de euros vão servir (deveriam servir) para apoiar três áreas focais: a Governação, com 20 por cento do valor total, o desenvolvimento social e humano, com 32 por cento e o desenvolvimento rural, agricultura e segurança alimentar com 32 por cento.
Ou seja, os poucos que têm milhões vão ter mais uns milhões, e os milhões que têm pouco ou nada assim vão continuar.
Ou seja, os poucos que têm milhões vão ter mais uns milhões, e os milhões que têm pouco ou nada assim vão continuar.
Os restantes 16 por cento do valor global estão destinados aos sectores considerados não focais como água e saneamento, apoio à integração regional, ao sector privado, à sociedade civil, facilidade de cooperação técnica, administração da biodiversidade e iniciativa de Governação dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
Além daquela verba foi também disponibilizado um montante provisional de 13,9 milhões de euros para fazer face a situações imprevistas, nomeadamente assistência em situações de emergência.
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