Angola puxa dos galões (ainda bem) e pretende uma “aprofundada análise” à actual crise financeira e ao impacto da descida do petróleo nos mercados internacionais no seio da Comissão do Golfo da Guiné (CGG), cuja Cimeira de Chefes de Estado vai ter lugar em Luanda.
Os Chefes de Estado e de Governo dos oito países que compõem a CGG vão reunir na terça-feira na capital angolana, mas, hoje, numa reunião que antecede o encontro ao mais alto nível, os ministros dos Negócios Estrangeiros começaram a preparar o plano de trabalhos.
Os Chefes de Estado e de Governo dos oito países que compõem a CGG vão reunir na terça-feira na capital angolana, mas, hoje, numa reunião que antecede o encontro ao mais alto nível, os ministros dos Negócios Estrangeiros começaram a preparar o plano de trabalhos.
O ministro das Relações Exteriores angolano, Assunção dos Anjos, avançou com a questão da crise financeira como tema importante.
O outro vai ser a questão congolesa, onde Kinshasa trava uma guerra com os militares do general Laurent Nkunda na província do Kivu-Norte, para a qual a CGG deverá avançar com uma posição clara e dura contra a rebelião armada. Contra, é claro, sem aquilatar de alguma eventual justeza da luta.
Para o chefe da diplomacia de Luanda, uma das capitais que mais se empenhou na criação da Comissão do Golfo da Guiné, que inclui Angola, República do Congo (Brazaville), Nigéria, São Tomé e Príncipe, Gabão, República Democrática do Congo, Nigéria, Camarões e Guiné Equatorial, os “oito” devem criar instrumentos que permitam ao conjunto de países “estancar” os efeitos geográficos da crise.
Perante a precipitada queda do preço do barril de crude nos mercados internacionais, cerca de 100 dólares em escassas semanas, sendo os países da CGG quase todos produtores e no seu seio contam-se os dois mais importantes na África subsaariana (Angola e Nigéria), Assunção dos Anjos colocou como importante que os “oito” analisem o eventual impacto desta realidade nas suas economia.
Numa Cimeira que diversos analistas consideram ter todos os ingredientes para consolidar a importância deste recente organismo sub-regional em África, o ministro angolano apelou ainda à união dos membros como caminho mais curto para o benefício comum.
A resolução de conflitos, apoio e definição de estratégias para o desenvolvimento dos “oito”, gestão das riquezas minerais, com destaque para o petróleo, são alguns dos objectivos que percorrem a criação do organismo que teve em 2006, no Gabão, um impulso decisivo com a nomeação do actual secretariado executivo chefiado por Luanda.
Os chefes de Estado e de Governo da CGG começam a chegar a Luanda na segunda-feira para a Cimeira, que terá lugar no dia seguinte em Talatona, zona sul de Luanda.
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