A propósito do massacre de Bombaim (Índia) o “Jornal de Notícias” (Portugal) escreve que “o JN tentou contactar com a embaixada portuguesa pelos dois números de telefone que se encontram em páginas oficiais. Nunca houve resposta”.
Embora o embaixador de Portugal em Nova Deli, Luis Filipe Castro Mendes, tenha falado à agência Lusa sobre a situação dos portugueses em Bombabim, importa reflectir se as estruturas diplomáticas existem para servir... ou para se servirem.
É que, no meu entender, estas estruturas políticas do país (pagas pelos contribuintes) no exterior, bem como o Ministério dos Negócios Estrangeiros ou a Sceretaria de Estado das Comunidades, não podem funcionar meramente nos normais horários de expediente.
Como foi o caso, os ataques terroristas, os atentados, não escolhem as horas de expediente para entrar em acção. E assim sendo, é difícil de compreender que a Embaixada, o Ministério ou a Secretaria de Estado estejam a dormir (sendo esse um direito que lhes assiste em situações normais) quando há portugueses a precisarem de ajuda e outros a quererem saber o que se passa.
Aliás, se se comparar a disponibilidade, eficiência e capacidade de resposta entre as estruturas diplomáticas (neste caso de Bombabim) de Portugal e do Brasil, ficamos com a noção exacta de que nas ocidentais praias lusitanas se anda devagar, devagarinho ou até parado, enquanto os brasileiros põem o pé no acelerador.
É pena, mas é verdade.
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