Antigos especialistas dos serviços de segurança de voos (Escolta Aérea) da TAAG num total de 18, aos quais se juntavam mais 120 colaboradores, que estavam sob dependência do Ministério do Interior, até 1992, ano que passaram a integrar os efectivos de um chamado Gabinete de Segurança e Facilitação da TAAG, denunciaram a existência de graves irregularidades no sector.
Segundo eles, na documentação a que o Semanário Angolense teve acesso, estas irregularidades podiam terminar em tragédia.
Desta mesma documentação estava algumas cópias de planos falsos que eram produzidos por ISAIAS da SILVA KUANGO, para o seu envio as cidades onde a TAAG operava, com maior frequência: Lisboa, Paris e Rio de Janeiro.
Como o intercâmbio de informações entre os serviços de segurança estatais e as transportadoras Nacionais faz parte dos costumes internacionais, em 2000, foi solicitado os referidos planos de Segurança pela a autoridade de Segurança de aviação civil (do Rio de Janeiro e Lisboa), tendo o então chefe do Gabinete de segurança e Facilitação (GSF), os enviado, onde atribuía a Miranda Carlos Major, Eurico Ventura Luís “RUSSO” e José Catarino de Almeida, os cargos de chefes de Departamento da Defesa, Escala e Operacional, respectivamente, órgãos que nunca existiram no Organigrama da Companhia.
No mesmo ano trataram de endereçar um documento ao Sr. Ministro dos Transportes, André Luís Brandão, para que resolvesse a questão acima referenciada, pois segundo eles previa que tarde ou cedo a situação resultaria na interdição da TAAG de voar para Lisboa e Rio de Janeiro, as rotas mais solicitadas, com eventuais prejuízos incalculáveis para a transportadora, visto que são as que mais receitas produzem.
De acordo com a situação exposta, em Junho de 1997, por orientação da Casa militar da Presidência da República, O ministro André Luís Brandão , instruía o então PCA da TAAG, Miguel Costa, para que resolvesse a questão, devendo este depois informá-lo da « solução adoptada para o efeito». Porém, tal como nas ocasiões anteriores, nada que se viu.
Em Novembro de 2002, os Funcionários do antigo GSF, representados por uma comissão, escreveram para o então PCA Mateus Neto, protestando pelo silêncio que mereceram todas as suas exposições anteriores, sem deixar de avisar que, apesar de pensarem em colocar o caso a Instância superior do País, estavam abertos ao diálogo.
À carga novamente
Em Março de 2002, voltaram à carga, escrevendo novamente para Mateus Neto, desta com conhecimento ao Sr. Fernando Miala, então chefe dos Serviços de Segurança externa e à Sra. Mariana Lisboa, então chefe dos serviços de informação, apresentando propostas para retirar a TAAG do estado caótico que consideravam estar a sua Segurança, por mau desempenho de ISAIAS DA SILVA KUANGO.
Denunciavam também alguns comportamentos menos honestos de ISAIAS KUANGO, que em determinada ocasião já facilitou viagens em serviço de pessoas que nada tinham a ver com os serviços de Escolta Aérea da TAAG, com alguns deles a serem expulsos destes países por falta da competente documentação…
Lisboa, 20 de Novembro de 2008
Luisa Pimentel – Jornalista
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