A crise financeira internacional já resultou na desaceleração da execução de alguns projectos estruturais no continente africano, por falta de fundos, alertou hoje em Tunes o Banco Africano para o Desenvolvimento (BAfD).
Aí está. África, apesar da globalização, precisa de se tornar autónoma em muitas coisas, o que não me parece complicado em função das suas riquezas. Essa teoria de pedir aos pobres dos países ricos para dar aos ricos dos países pobres tem de acabar.
“Uma das preocupações levantadas pelo BAfD é a capacidade dos países africanos, tanto ao nível dos governos como do sector privado, na obtenção de fundos financeiros nos mercados internacionais”, disse hoje Léonce N’Dikumana, do BafD, revelando a existência de “fundos prometidos que foram negados” a projectos africanos.
O BAfD alertou para o facto de o futuro trazer consigo grandes dificuldades na obtenção de financiamento exterior, “sobretudo financiamento a longo prazo” e revelou que muitos bancos africanos recorrem ao sector privado na busca de fundos para projectos no continente.
Na capital da Tunísia decorre a conferência económica africana, organizada pelo BAfD, União Africana e Comissão Económica Africana da ONU para avaliar o impacto da crise financeira no continente.
Crise que, digo eu, pode muito bem servir para mostrar que África pode deixar de ser a carruagem dos coitadinhos para ser a locomotiva de uma nova ordem económica mundial. Assim os seus dirigentes queiram.
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