Transcrevo “ipsis verbis” o comunicado da CPLP hoje emitido, em Bissau, a propósito das eleições do passado domingo, cujos resultados serão divulgados um dia destes.
Importa realçar o modelo único que a CPLP tem para estas questões. Alteram-se alguns dados, como o nome do país, o número de observadores e os locais de trabalho e o resto já está, ou já poderia estar, preenchido.
A fazer fé neste como noutros comunicados, todos os países lusófonos de África onde há eleições são um exemplo de democracia, de transparência, de liberdade. Acredite quem quiser. Eis o comunicado:
«A convite das autoridades guineenses, uma Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) acompanhou as eleições legislativas na República da Guiné-Bissau. A Missão, integrada por 16 Observadores Eleitorais, cobriu o período pré-eleitoral e o acto eleitoral, e continuará a acompanhar o período subsequente.
A Missão desdobrou-se em oito equipas de Observação, compostas por elementos oriundos dos Estados-membros, Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, e desenvolveu a sua actividade em Bissau, Bafatá, Gabú, Oio, Cacheu, Biombo e Quinara.
A Missão, que tem mantido contactos com as autoridades guineenses, com representantes de partidos políticos, com as restantes missões de observação eleitoral, com órgãos de comunicação social e com a sociedade civil, constatou estarem reunidas condições necessárias para a realização das eleições.
Cumpre destacar o esforço de todos os intervenientes envolvidos na organização do acto eleitoral e na sensibilização da população guineense para a importância das eleições, reflectido no espírito de convivência democrática e na forte afluência às urnas. De registar, com particular agrado, a participação significativa das mulheres e dos jovens na expressão do sufrágio e nos trabalhos das assembleias de voto.
A Missão constatou que as eleições legislativas de 2008 na Guiné-Bissau decorreram de forma ordeira e permitiram a livre expressão do sufrágio universal pela população guineense, havendo, no entanto, a lamentar casos pontuais de atrasos na logística eleitoral.
Cabe realçar a dedicação e empenho do Presidente da Comissão Nacional de Eleições, dos membros da comissão, e dos responsáveis e membros das mesas de voto, cujos esforços permitiram dirimir de forma célere questões pontuais, encontrando soluções de consenso para o bom desenrolar do acto eleitoral.
A Missão de Observação Eleitoral da CPLP saúda o povo guineense pela forma cívica como exerceu o seu Direito de Voto e pela demonstração de maturidade política, reflectindo um progresso tangível na consolidação do sistema democrático na República da Guiné-Bissau.»
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