O presidente dos EUA, George W. Bush, exigiu (agora que está de malas feitas) ao líder zimbabueano, Robert Mugabe, o fim da repressão e a criação de um governo que represente a vontade popular resultante das eleições de Março último.
O que vale, espera (se calhar inocentemente) todo o mundo, é que com Barack Obama as coisas mudem qualquer coisinha.
Num comunicado emitido em Lima, onde participa na cimeira da Associação de Cooperação Económica Ásia Pacífico (APEC), George W. Bush afirmou que oito meses depois daquelas eleições os zimbabueanos “continuam governados por um regime ilegítimo que continua a suprimir as vozes democráticas e os direitos humanos básicos”.
Ao que parece, só agora é que Bush descobriu (e foi preciso ir – salvo seja - ao Peru) que Robert Mugabe é uma cópia sua, embora de muito pior qualidade. Pior se calhar apenas em função dos meios e das circunstâncias...
Além de “políticas económicas desastrosas”, que obrigaram metade da população a depender da assistência alimentar, agora o regime de Mugabe “ataca médicos e enfermeiros, nega aos seus cidadãos o acesso básico aos serviços sanitários” e “rouba fundos destinados a pacientes com Sida", adiantou Bush como se estivesse a dizer alguma coisa que o mundo já não soubesse há muito tempo.
“Pedimos o fim da brutal repressão das liberdades básicas do regime de Mugabe e a formação de um governo legítimo que represente a vontade do povo como se expressou nas eleições de Março”, apelou o Presidente norte-americano, certamente convicto de que Mugabe o vai mandar dar uma volta ao bilhar grande.
As eleições presidenciais zimbabueanas de Março foram ganhas pelo líder da oposição, Morgan Tsvangirai. Na segunda volta, Robert Mugabe declarou-se vencedor depois de uma dura campanha de violência política contra a oposição e firmemente condenada pela comunidade internacional.
Sem comentários:
Enviar um comentário