Ao apelar hoje a todas as forças políticas guineenses para que respeitem a vontade dos eleitores que votaram nas eleições legislativas de domingo na Guiné-Bissau e que aguardem, "com serenidade", a divulgação dos resultados, estará o Governo português a dizer que vamos ter confusão?
Numa nota à imprensa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português, destacando a forma "tranquila e ordeira" como decorreu a votação, sublinha também o "civismo, liberdade e transparência" que caracterizaram o acto eleitoral.
Tranquilidade, civismo, liberdade, transparência... e um apelo ao respeito pelos resultados não parecem combinar.
Segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, manifestou a expectativa de que as eleições na Guiné-Bissau permitam a constituição de um governo estável.
Numa nota à imprensa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português, destacando a forma "tranquila e ordeira" como decorreu a votação, sublinha também o "civismo, liberdade e transparência" que caracterizaram o acto eleitoral.
Tranquilidade, civismo, liberdade, transparência... e um apelo ao respeito pelos resultados não parecem combinar.
Lisboa realça também a "elevada taxa de participação", considerando que estas circunstâncias constituem "sinais claros da importância" que o povo guineense atribui a estas eleições no processo de consolidação da paz e da democracia na Guiné-Bissau.
"O Governo português apela a todas as forças políticas guineenses a que, no respeito da vontade popular, e num ambiente de serenidade aguardem a divulgação dos resultados oficiais", lê-se na nota.
Os primeiros resultados provisórios oficiais das quartas eleições legislativas guineenses desde que o país se abriu ao pluralismo político, em 1991, deverão ser conhecidos até ao final da semana em curso, segundo indicou a Comissão Nacional de Eleições (CNE) local.
Segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, manifestou a expectativa de que as eleições na Guiné-Bissau permitam a constituição de um governo estável.
Ou seja, segundo o Governo socialista de Lisboa, tudo correu bem mas... com os guineenses nunca se sabe. É isso?
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