terça-feira, novembro 18, 2008

Dividam o que comem numa refeição
e, à maneira do PS, passam a ter duas

O porta-voz do Partido Socialista de Portugal considerou hoje que a queda da taxa de desemprego de 0,2 pontos no terceiro trimestre, face ao mesmo período de 2007, para 7,7 por cento, revela "uma certa estabilidade".

E tem razão. É caso para os portugueses estarem radiantes. Há estabilidade no desemprego. Já imaginaram o que era estar desempregado e ainda por cima num clima de instabilidade?

Tenhos uns amigos nas ocidentais praias lusitanas a norte de Marrocos que também, tal como o porta-voz do PS, Vitalino Canas, enaltecem a estabilidade da situação em que (sobre)vivem.

Dizem-me eles que a situação familiar já “revela uma certa estabilidade”. Traduzindo, estabilizaram o número de refeições por dia: uma.

Não dá para mais. Mas ao menos está estável. É só uma refeição por dia, mas há quem tenha estabilizado em meia refeição...

De acordo com os dados agora revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego em Portugal caiu 0,2 pontos no terceiro trimestre, face igual período de 2007, para 7,7 por cento, e subiu 0,4 pontos face aos três meses anteriores.

Num comentário a estes dados, Vitalino Canas (que tem, calculo, pelo menos três refeições por dia) considerou "uma notícia interessante" a queda de 0,2 pontos, face ao período homólogo de 2007. É bem interessante, não é?

Por outro lado, acrescentou, apesar do agravamento registado em relação ao segundo trimestre, os dados agora revelados apontam para "uma certa estabilidade". Ora aí está.

Além disso, continuou o porta-voz socialista, são números que indicam que "por enquanto, Portugal está a resistir razoavelmente à crise".

E está. Aliás os meus amigos também estão a resistir razoavelmente bem à crise. Até estão a perspectivar ter duas refeições por dia. Como? É simples: O que deveriam comer numa... dividem por duas.

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