Os principais partidos angolanos da oposição manifestaram-se contra uma intervenção militar de Angola na República Democrática do Congo (RD Congo), mas defenderam que se for necessária, deve ser previamente aprovada pela Assembleia Nacional. Mas em que país a Oposição julga que está?
Nos últimos dias, (aqui no Alto Hama isso já foi dito há dez dias) a imprensa não estatal angolana tem avançado notícias dando conta de uma intervenção de efectivos militares angolanos na RD Congo, entretanto desmentida pelo Ministério das Relações Exteriores de Angola e pela missão da ONU.
Nos últimos dias, (aqui no Alto Hama isso já foi dito há dez dias) a imprensa não estatal angolana tem avançado notícias dando conta de uma intervenção de efectivos militares angolanos na RD Congo, entretanto desmentida pelo Ministério das Relações Exteriores de Angola e pela missão da ONU.
"Não, não, isso são rumores. Verificámos, e não há nenhuma prova manifesta de que haja combatentes angolanos na RD Congo", declarou quarta-feira à Agência Lusa o porta-voz da missão das Nações Unidas na RDCongo (MONUC), Jean-Paul Dietrich.
Também quarta-feira, em Bruxelas, o vice-ministro das Relações Exteriores angolano, George Chikoti, admitiu que Angola poderá intervir no conflito na RD Congo no âmbito das "forças em alerta" da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
O secretário para a Comunicação e Marketing da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, defendeu que "a RD Congo tem uma presença significativa de forças das Nações Unidas, para não dizer a maior presença, com mais de cinco mil homens no terreno, e não faz nenhum sentido um envolvimento de Angola".
"A actual Constituição de Angola obriga que uma eventual presença militar em países estrangeiros deve ser aprovada pela Assembleia Nacional e se realizamos eleições e estamos agora na III República seria bom que o país se pautasse pela normalidade institucional", referiu Costa Júnior.
"A situação de instabilidade na região é um elemento de preocupação. Toda a região carece de estabilidade e na RD Congo, como um país vizinho, preocupa-nos a situação, mas devemos fazê-lo sempre dentro do quadro legal estabelecido", acrescentou.
Já o presidente do Partido de Renovação Social, Eduardo Kuangana, disse ser contra uma intervenção de tropas angolanas, salvo se estiverem enquadradas no âmbito das forças da SADC ou das Nações Unidas.
"Hoje, se interviermos militarmente na RD Congo, amanhã as gerações vindouras irão pagar por isso, uma vez que irá fragilizar as nossas forças porque irá morrer muita gente, nomeadamente os nossos militares", salientou Eduardo Kuangana.
"Uma intervenção militar decidida de forma unilateral pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, como tem sido regra, irá criar-nos problemas futuros", frisou.
Por seu lado, o líder da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Ngola Kabangu, defendeu igualmente ser necessária a aprovação do Parlamento angolano para uma eventual intervenção militar no conflito.
Kabangu não se mostrou, no entanto, convencido com o desmentido do Governo, referindo que, a serem verdadeiras as notícias de que há tropas angolanas na RDCongo, essa intervenção é "um erro".
"É um acto arbitrário e de prepotência do Governo angolano porque Angola não pode empenhar-se numa guerra sem a anuência da Assembleia Nacional", sublinhou.
Para o presidente da FNLA, "todo o esforço para pacificar a RD Congo deve passar pela ONU e a União Africana, pois o conflito inter-congolês já se internacionalizou e não é um país como Angola, por muito amigo que seja da RD Congo, que irá solucionar o problema congolês".
Pois. A Oposição julga que está num Estado de Direito, julga que a Constituição do país vale mais do que a “constituição” do MPLA, e vai daí diz uma séria de coisas sem sentido… numa ditadura.
Pois. A Oposição julga que está num Estado de Direito, julga que a Constituição do país vale mais do que a “constituição” do MPLA, e vai daí diz uma séria de coisas sem sentido… numa ditadura.
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