É num clima de tensão e de impunidade que decorrem hoje as eleições presidenciais na Guiné-Bissau. Um escrutínio financiado exclusivamente pela comunidade internacional, que desembolsou mais de cinco milhões de euros.
Começar este texto com a referência ao clima de tensão e de impunidade poderia ser, e assim foi muitas vezes, característica aqui do Alto Hama. No entanto, quem hoje assim começa é a Euronews.
Seiscentos mil eleitores escolhem o sucessor de “Nino” Vieira, assassinado em Março, horas após o homicídio do chefe do Estado-Maior do exército. Na corrida estão 11 candidatos, após uma campanha marcada por assassinatos, entre eles, o de Baciro Dabó, um dos favoritos na corrida.
No terreno vão estar mais de 150 observadores internacionais, dos quais duas dezenas da União Europeia.
A Guiné-Bissau, com quase um milhão e setecentos mil habitantes, é o país mais pobre da África ocidental. Dois terços da população vivem abaixo do limiar da pobreza, a esperança média de vida é 48 anos para as mulheres e 45 para os homens. Tem um dos piores índices de desenvolvimento que o colocam no 175° lugar do ranking da ONU, ou seja, a dois lugares do fim da lista.
Uma situação sem sinais de melhoria numa altura em que o país se transformou numa plataforma do tráfico de droga para a Europa, acrescenta a Euronews.
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