A presidente do PSD prometeu hoje que, se vencer as eleições legislativas, vai "romper com todas as soluções adoptadas pelo PS em termos de política económica e social" e libertar a sociedade do Estado.
Num jantar com o grupo parlamentar do PSD, na Assembleia da República, Manuela Ferreira Leite afirmou que não quer "fazer a mesma coisa" que tem feito o Governo do PS mas sim "fazer muito melhor".
Sim, que para pior já basta assim. Aliás, será difícil fazer tão bem o pior do reinado socialista à frente das ocidentais praias lusitanas a norte, embora cada vez mais a sul, de Marrocos.
Ferreira Leite considerou que Portugal está "empobrecido, não cresce, não enriquece e, pior do que isso, não tem potencial de crescimento", encontrando-se num "beco sem saída", situação que exige que o PSD aposte num "novo modelo de desenvolvimento".
Tudos isto poderia ser resumido numa simples frase: não trocar o primado da competência pelo da subserviência, como fez o PS.
"Nós vamos repudiar todas as receitas que o PS tem estado a adoptar para o país", adiantou.
Todas? Até mesmo na comunicação social? Ou o PSD vai apenas mudar os titulares directos da coisa pública e indirectos da coisa privada? É que, na perspactiva de que o PSD possa ganhar, já há muita gentalha que para garantir o tacho mandou tirar a naftalina da camisola laranja.
"Nós vamos rasgar e romper com todas as soluções que têm estado a ser adoptadas em termos de política económica e social, para que tenhamos resultados diferentes", reforçou a presidente do PSD.
Manuela Ferreira Leite sustentou que "o Estado tomou como pretexto a crise económica para aos poucos e poucos tomar como dependente do Estado tudo o que é empresas, famílias, sociedade civil". É verdade. Esse é o diagnóstico. E qual é a medicação?
"O empreendedorismo vai ser uma palavra-chave do nosso programa. Só assim se combate o desemprego, só assim se desenvolve o país, só assim se retira a sociedade civil das amarras do Estado", acrescentou Manuela Ferreira Leite, elegendo essa "libertação" como "desafio fundamental" para o PSD caso venha a formar Governo.
Embora com outras palavras, foi mais ou menos isto que José Sócrates disse para ganhar e, é claro, será mais ou menos isto que vai voltar a dizer.
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