«Aproxima-se o Centenário da República Portuguesa e o regime, como era de esperar, prepara uma grandiosa comemoração do seu primeiro século de idade. As galas estão preparadas e pelo que já se deixa ver o tom predominante será a exaltação de uma república ideal, esquecendo a que realmente existiu.
A presença dos monárquicos no centenário da república impõe-se como uma garantia de fidelidade aos acontecimentos históricos que justificam as comemorações. Se deixássemos o campo livre para as comemorações laudatórias, teríamos a garantia de que a república festejada não seria a mesma que se implantou em 5 de Outubro de 1910.
A herança política e espiritual que se pretende invocar nas comemorações oficiais, em pouco ou nada se assemelha ao espírito ou à prática do republicanismo português tal como ele nasceu, cresceu e ganhou forças para o assalto ao poder.
O programa divulgado até agora prepara-se, sem nos surpreender, para deixar na penumbra os aspectos mais sombrios mas também mais característicos do movimento que trouxe a república a Portugal: a violência nas palavras e nos actos, as perseguições à imprensa, os assassinatos políticos, a obsessão anti-jesuítica, a desvalorização da mulher, vista como o principal suporte do “clericalismo”, a subserviência perante o estrangeiro, o golpismo, o facciosismo e a intriga permanente.»
In
http://www.centenariodarepublica.org
A presença dos monárquicos no centenário da república impõe-se como uma garantia de fidelidade aos acontecimentos históricos que justificam as comemorações. Se deixássemos o campo livre para as comemorações laudatórias, teríamos a garantia de que a república festejada não seria a mesma que se implantou em 5 de Outubro de 1910.
A herança política e espiritual que se pretende invocar nas comemorações oficiais, em pouco ou nada se assemelha ao espírito ou à prática do republicanismo português tal como ele nasceu, cresceu e ganhou forças para o assalto ao poder.
O programa divulgado até agora prepara-se, sem nos surpreender, para deixar na penumbra os aspectos mais sombrios mas também mais característicos do movimento que trouxe a república a Portugal: a violência nas palavras e nos actos, as perseguições à imprensa, os assassinatos políticos, a obsessão anti-jesuítica, a desvalorização da mulher, vista como o principal suporte do “clericalismo”, a subserviência perante o estrangeiro, o golpismo, o facciosismo e a intriga permanente.»
In
http://www.centenariodarepublica.org
Sem comentários:
Enviar um comentário